Doação de órgãos: ato pode salvar até dez vidas

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   Na quinta-feira (28), enfermeiros do Hospital São Rafael realizaram um trabalho de divulgação e esclarecimento da doação de órgãos no Calçadão de Rolândia durante toda a manhã e parte da tarde. Os profissionais Vanessa Alves e Agnaldo Felipe Araújo realizaram o serviço de aferição de pressão no local, como uma forma de chamar a atenção da população para falar sobre a doação de órgãos. “Eles veem que estamos aferindo a pressão e são atraídos por esse cuidado de enfermagem que prestamos e aproveitamos esse momento para abordar o assunto”, explicou a enfermeira. Agnaldo afirmou que a doação de órgãos é importante e sustenta o ciclo da vida. “É a oportunidade que a gente dá para o próximo viver”, declarou.

   Para ser doador, basta comunicar a família. Alguns exemplos de órgãos que podem ser doados são rins, coração, pulmões e córneas. Já a doação de medula óssea e rim, por exemplo, pode ser realizada em vida. O procedimento de retirada dos órgãos é feito de forma ética, sem causar danos ao corpo do doador. Mais de 2 mil paranaenses estão na lista de espera por transplante. “Uma pessoa quando se torna doadora tem o potencial de salvar até dez vidas”, destacou Vanessa. Ao longo do dia, eles realizaram uma pequena pesquisa com quem passou pelo local para avaliar o que as pessoas sabem sobre a doação de órgãos e consideraram positiva a aceitação da população sobre o tema. “Hoje a população está mais esclarecida que antigamente”, apontou Agnaldo.

   O HSR realiza somente a remoção de córneas para doação, já que sua estrutura não permite outros procedimentos. “Nós somos um hospital de baixa complexidade, não temos UTI”, justificou. Vanessa é credenciada pelo banco de olhos do Hospital Universitário de Londrina, sendo a responsável pelo procedimento no HSR. “Foram meses de treinamento”, explicou. Uma comissão capacitada avalia os casos de potenciais doadores de acordo com alguns critérios. Caso eles sejam atendidos, a equipe conversa com os familiares, que podem autorizar ou não a doação. A remoção dos demais órgãos é realizada em outros hospitais próximos em Londrina e Arapongas.

A vida após o transplante
   Hélio Mendonça (56) recebeu a doação de uma córnea há cinco anos. Ele ficou na lista de espera por um transplante por cerca de dois anos, devido a um acidente doméstico que perfurou o seu olho direito. Antes de precisar ser transplantado, ele já era favorável à doação de órgãos. Após receber a córnea, Hélio afirmou que sua família e amigos também se sensibilizaram com a causa e por isso ele deseja retribuir a doação. “Eu já tinha certa consciência, mas depois de sentir isso comigo, cresceu mais ainda, reforçou essa possibilidade”, revelou o transplantado.

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