Em alusão ao Outubro Rosa, a última edição do JR no mês traz o depoimento de mulheres rolandenses sobre a luta e superação do câncer de mama.
Janaina Beneli (41) descobriu o câncer de mama pela primeira vez pelo autoexame durante a sua gravidez. Ela esperava duas meninas, Rebeca e Sara, que não sobreviveu a gestação. Janaina teve que retirar e reconstruir a mama. Após a cirurgia, ela seguiu com o tratamento e prestes a finalizá-lo, descobriu que a outra mama também estava comprometida. “Foi um choque”, declarou Janaina. Hoje, ela se vê vitoriosa, pela filha e pelo segundo casamento. “Amar é uma decisão, não é um sentimento. Você tem que amar a pessoa do jeito que ela é, careca, sem o seio, vomitando, com dores no corpo”, afirmou. Sua trajetória foi difícil, mas ela se mostra grata por ter tido força divina. Janaina ainda revelou que questionou Deus do motivo que ela sofreu com a doença e recebeu uma resposta. “Deus me falou que é para que as pessoas vejam em mim a glória Dele”, contou emocionada.
Elisabete Salvador (38) sentiu um caroço no seio e contou ao marido, que a incentivou a procurar o médico. “Fui ao posto de saúde e me encaminharam para fazer a mamografia e não deu nada”, contou. Com isso, ela fez uma ultrassom na mama e biópsia, que então diagnosticou o tumor. “Eu não queria morrer, acho que esse é o medo de todo mundo quando recebe essa notícia”, revelou emocionada. Com fé e apoio da família, ela se fortaleceu. Elisabete então participou de uma missa, em que o padre afirmou a ela que sua cura estava acontecendo naquele dia. “Eu tive certeza que estava sendo curada”, contou. Na terceira consulta, o médico não encontrou mais o nódulo, e ela seguiu com os protocolos para encerrar o tratamento. Ela deixou um conselho, para que o portador de câncer erga a cabeça e aproveite cada minuto.
Cleide Inês da Silva descobriu o câncer no final de 2012 e no ano seguinte, passou por cirurgia. “Eu fazia o autoexame, mas não percebia”, revelou. Depois de dois anos sem fazer mamografia e ultrassom, Cleide começou a sentir dor e após se consultar e fazer os exames, recebeu o diagnóstico. “Eu só pedi forças para Deus”, contou Cleide. “Eu tive forças para superar”, completou. Depois de quatro anos curada, novos exames revelaram que o câncer havia voltado, desta vez no osso. Cleide ainda está em tratamento e disse que o apoio da família está sendo fundamental. “Só tenho que agradecer a Deus e pedir força para aguentar o tratamento”, declarou.