Por Samuel M. Bertoco
Hoje o cinema é repleto dos mais inacreditáveis efeitos especiais e visuais. Heróis soltando raios pelas mãos, explosões gigantescas, os monstros mais visualmente incríveis que parecem reais e todo tipo de coisa que se possa imaginar está a alguns computadores de virar realidade. Só que nada disso, não passou, nem de perto, de me transmitir a emoção de ter visto a primeira vez um dinossauro, do jeito que a gente sempre imaginou, do jeito que a gente já tinha visto em livros e desenhos, “vivos” ali, a uma tela de distância.
Esse mês o filme que, pra mim, é o maior feito de efeitos visuais já visto no cinema, completa três décadas de vida. O Parque dos Dinossauros é o ápice de uma evolução que Steven Spielberg vinha trazendo desde E.T, mais de dez anos antes. Efeitos práticos aliados a computação gráfica – que naquela época estava engatinhando, e meio que só trazia ajustes – e um talento incomparável em trazer alma aos seus filmes. Spielberg é o maior cineasta de aventuras da história do cinema, sabe trazer aquele frio na espinha como ninguém e é um mestre em aliar seus “monstros” com uma profundidade razoável dos personagens.
E Jurassic foi o supra sumo de tudo isso. Protagonistas carismáticos, crianças das quais nos importamos, cientistas malucos, vilões engravatados. Tudo lá. E claro, os dinos. O filme começa a impressionar assim que começamos a ver os herbívoros grandões logo que chegam ao parque, os velociraptors são muitoooo intimidadores com certeza, mas nada, nada é mais icônico, nada tem mais presença do que aquele T-Rex monstrão correndo atrás dos carros elétricos do parque. Não tem importância se hoje sabemos que eles tem umas penas, e que não foi no período jurássico que viveram..o que importa é que ele está lá e é tão legal que parece que está na nossa janela.
O filme é tão bom que continua com efeitos muito assistíveis até hoje, e mais emoção do que qualquer filme de aventura lançado nos últimos 30 anos e questiono se não vai mais trinta para aparecer algo tão inovador e tão impactante. Se não tiver não tem problema, passamos os próximos 30 reassistindo.
Samuel M. Bertoco é formado em Marketing e Publicidade