Por Monsenhor José Agius
(in memoriam)
É justo que meditemos sobre a figura e a missão da Santíssima Virgem Maria. Ela, como mãe solícita e mulher prudente, percebeu a escassez do vinho e quis evitar aos recém-casados a vergonha perante os convidados, conforme consta em João,2,1-11. Por isso, recorre ao seu Filho, solicitando dele um milagre, se for necessário, e apesar da aparente negativa, ela está confiante na bondade do coração de seu filho Jesus e, assim ordena aos serventes: “Fazei o que ele vos disser”; puramente assim sem discussões, simplesmente: fazei o que ele vos diga. E a caridade de Maria para com os esposos e a confiança de Maria no poder e na bondade de Jesus conseguem o primeiro milagre.
Quando Maria está presente, não falta nada: se falta alguma coisa é porque ela não está. O Senhor quer aproximar-se de nós com Maria, porque por intermédio dela manifesta seu amor terno para conosco. A intercessão de Maria é condição querida por Cristo, de quem recebe todo seu valor; se nos esquecermos disso, perderemos o contato com Cristo. Quem recorre a Maria está certo de conseguir sua proteção, porque Ela é mãe e uma mãe nunca pode deixar de escutar seu filho, quando este se encontra em alguma necessidade. Quando se ama Maria, ama-se mais intensamente a Cristo: amar a Cristo tal como é significa ama-lo em ambiente mariano, o ambiente de que Jesus se rodeou. E Jesus quer que vamos a ele pelo mesmo caminho que ele seguiu para chegar a nós. “A Jesus por Maria” é lema de que nenhum cristão ou cristã deve esquecer.
Maria é modelo de oração; a oração de Maria é confiante e humilde: simplesmente expõe a necessidade do próximo e confia-se à bondade de Jesus. Em nossa oração devemos imitar Maria e confiar em Jesus; devemos estar convencidos de que Jesus quer nosso bem mais ainda do que nós mesmos o queremos; essa convicção há de fazer brotar uma incondicional confiança em Jesus.
Monsenhor José Agius
(in memoriam)