Por Samuel M. Bertoco
Antes, uma curiosidade, Michael Jordan é tido como o maior jogador de basquete de todos os tempos. Assim como Pelé é no futeba ou Tiger Woods no golf – pra ficar só em nomes indiscutíveis, porque o tema não é esse. Então se você for no google e digitar “Pelé”, o rei dá as caras na primeira linha…agora, se você digitar “Jordan”, o que aparece para você é o Air Jordan Nike. O maior tênis esportivo de todos os tênis. O Pelé dos tênis. Tão famoso, que é ficou mais famoso que o jogador – que é o mais famoso do seu esporte – que o inspirou.
E a criação da icônica marca é a história de Air, filmaço estreando por aqui. Pensar que é um filme sobre uma empresa criando um produto e convencendo um atleta a colocar seu nome nele não é lá algo tão cativante, mas é aí que entra Ben Affleck. Ben é um ator médio pra bom, com pitadas de ótimo – raramente passa disso – mas é um diretor bem melhor. E se tem uma característica bem peculiar do Ben “cineasta” é o fato de pegar histórias que parecem ser sem nada atrativas e deixá-las legais. Foi assim com Argo, filme de estreia dele como diretor que já de cara levou o Oscar – eu nem acho tão bom assim, mas tem esse dedo dele lá.
Em Air ele consegue transformar um monte de funcionário padrão, pessoas normais, engravatados e criadores em personagens que te fazem grudar e torcer por eles. Aqui a bola da vez é Sonny – interpretado sempre bem pelo seu eterno brother Matt Damon – executivo que convence os chefões da Nike a investir numa ideia maluca de botar o nome de um jogador, apesar de promissor, desconhecido até então, num de seus tênis e mais, fazer do tênis um dos maiores cases de sucesso da história do marketing.
Com muita caricatura e cor, o filme diverte e convence, você termina quase que querendo comprar Air Jordan pra você, mesmo tenha 1,74 de altura e saiba zero de basquete.
Samuel M. Bertoco é formado em Marketing e Publicidade