Por Humberto Xavier Rodrigues
E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz. Colossenses 2:13-14.
Jesus levou sobre si os nossos pecados, incluindo-nos na sua morte, cancelando toda a nossa culpa e nos reconciliando com Deus. Também, Deus em Cristo nos tirou do mercado de escravos, nos libertou do jugo da lei, do medo da morte, da escravidão dos homens, de nós mesmos e cancelou toda a nossa dívida.
Assim retratado no diálogo entre Orígenes e Celso. Celso zombou de Cristo, afirmando ser ele o mais estranho dos mestres, porquanto todos os outros chamavam os limpos, os nobres e os dignos, a fim de serem seus discípulos, mas Jesus chamava aqueles que são “… carcomidos e abatidos pela vida”. Então Orígenes replicou de forma devastadora: “Sim, mas ele não os deixa os trapos, o rebotalho e a cauda da humanidade; mas é de material que vós lançaríeis fora, considerado inútil, que ele molda os homens, devolvendo-lhes o respeito próprio, capacitando-os a se erguerem sobre os pés e a olharem a Deus nos olhos. Eram pessoas acovardadas, despedaçadas, servis. Mas o Filho os tornou livres”.
Cristo pagou por nós o preço da dívida pelo seu sangue. E, incluídos nele fomos libertos da lei do pecado e da morte. Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado. Romanos 8:1-3.
A liberdade em seu grau mais elevado está em que não precisamos de regras para viver a vida cristã, mas sim, descansarmos na total suficiência do nosso Senhor Jesus Cristo. Se permitirmos que os homens aprisionem nossa consciência, seremos espoliados de uma inestimável bênção e ao mesmo tempo um insulto será dirigido a Cristo, o Autor da liberdade. O comportamento do regenerado é natural em conseqüência da presença de Cristo em seu íntimo. Que assim seja!
Humberto Xavier Rodrigues é formado em Teologia