Better Call Saul e a excelĂȘncia de Breaking Bad

Por Samuel M. Bertoco

Breaking Bad acabou tem alguns anos e ainda hoje – e provavelmente por muito tempo – Ă© considerada uma das melhores sĂ©ries jĂĄ feitas. EntĂŁo ninguĂ©m se espantou muito quando resolveram fazer um derivado dela – padrĂŁo vamos lucrar enquanto pudermos – focada no advogado Saul Goodman antes do que aconteceu em Breaking Bad. Nasce Better Call Saul.


Depois de começar meio lenta – aliĂĄs, assim como Breaking Bad – a sĂ©rie foi ganhando peso e qualidade com o passar das temporadas. Melhorando em tudo com a entrada dos personagens do cartel de drogas que permeia todo universo de Breaking Bad e com a virada de Jimmy, o advogado mal sucedido, atrapalhado e de moral elĂĄstica para Saul, exĂłtico e multimilionĂĄrio advogado especialista em defender a bandidagem.


Better Caul Saul jĂĄ vinha muito boa nos Ășltimos anos, mas atinge seu auge na temporada final. Saul jĂĄ deixou a persona de Jimmy pra trĂĄs hĂĄ muito tempo e carrega Kim, sua esposa, de uma jovem advogada de potencial infinito, para uma ĂĄrea de moral turva. Os dois estĂŁo agindo pra prejudicar outro advogado, por pura zoeira, e o desfecho dessa trama Ă© das coisas mais memorĂĄveis da sĂ©rie.


Do lado do cartel, Gus está cada vez mais consolidando sua força, e, apesar de nada muito novo nesse “nicho”. É sempre legal ver a dinñmica de poder entre Gus e os Salamanca – o lado mexicano do cartel.


Mas, pra terminar no auge dos auges, o Ășltimo episĂłdio Ă© quase uma obra de arte. JĂĄ situada depois dos acontecimentos de Breaking Bad, com Saul – foragido – cada vez mais perto de ser pego, a sĂ©rie alterna momentos dessa situação apertada de Saul com duas situaçÔes dele no passado. Uma com Mike outra com Walter White – de Breaking Bad. Ambos os diĂĄlogos – frente a dois personagens cheio de conteĂșdo – mostram como Saul Ă©, mesmo diante de dois sociopatas – um cara vazio, e que pior, nada o tornou assim, ele sempre foi. E como esses momentos levam atĂ© o desfecho final, numa quebra de expectativa tĂŁo simples quanto bem feita. Na cara, como sempre esteve. Um final honesto, como Saul nunca foi.

Samuel M. Bertoco Ă© formado em Marketing e Publicidade

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