Sobrelinhas – por Tassany Helena Medina
ocê já se perguntou se aquilo que anda comendo realmente faz bem para o seu corpo? Pedro tem feito esse questionamento, no livro “Comida de Outro Planeta”, de Camila Pasetto, ilustrado por Danilo Kossoski, o menino que, como tantos outros, adora “guloseimas”, até aprender na escola que elas não são comida “de verdade”. Mas, afinal, do quê elas seriam feitas? Seriam de brinquedo? Ou “de mentira”?
Mesmo com essa dúvida, um belo dia, Pedro decidiu devorar um bocado delas enquanto jogava videogame. Depois de um tempo, começou a passar mal: “Estou virando um extraterrestre! Não pode ser! — ele lamentou já colocando as mãos sobre a boca. Sentia-se muito enjoado (..) Mas o quê exatamente o deixou naquele estado? Resolveu dar uma olhada nas embalagens: Pedro não podia acreditar no que lia. Aquilo só podia ser de outro planeta. Nunca tinha ouvido falar em nenhuma daquelas palavras! Nem conseguia pronunciá-las direito! […] ESTA COMIDA É DE OUTRO PLANETA! — gritou Pedro.”
Que tal se juntar a Pedro nessa aventura intergaláctica para descobrir do que as guloseimas realmente são feitas? A história que se desenrola a partir desse ponto, porém isso você vai ter que descobrir lá no livro! O que posso adiantar é que “Comida de Outro Planeta” abre a possibilidade de refletir acerca da alimentação de uma maneira leve e divertida, por meio de um enredo envolvente e com ilustrações que podem ser consideradas realmente de “outro mundo”.
A experiência transformadora de Pedro traz questionamentos sobre nossas próprias escolhas alimentares e o que de fato temos colocado em nossos pratos. Isso porque a forma como fazemos isso pode realmente nos “levar para outro mundo”, não apenas no que diz respeito à saúde, mas à felicidade em geral. Isso significa que nós, adultos, também precisamos repensar como estamos tratando nosso corpo e nossa mente. Afinal, por trás da alegria de uma refeição, pode estar escondido um efeito ruim e prejudicar toda nossa vida.
O livro da Camila e do Danilo não é um convite apenas para refletirmos melhor sobre o que comemos, mas como estamos fazendo isso: Existe um modo de tornar esse hábito mais consciente? Para onde o que consumimos pode nos levar? Afinal, comer é uma aventura intergaláctica e todos nós somos convidados a embarcar nessa viagem, cabe a nós decidir se levamos (ou não) para casa as guloseimas do espaço.
Tassany Helena Medina é graduanda em Letras Português pela Unespar/Apucarana.