Por Samuel M. Bertoco
Começo do ano a gente faz um review do ano que passou, mas como ainda não fiz a lista quero desenvolver melhor, resolvi falar de outro ciclo que está se encerrando- graças. O universo de heróis da DC Comics – o famigerado DCU – nos cinemas.
O DCU já começou com um pé bem pisado no fracasso. Tentando copiar sua concorrente Marvel – que se perdeu, mas já fez bonito – mas com uma pressa descabida, em vez de ir introduzindo seus heróis devagar e ligando os pontinhos do universo – até começou a fazer no primeiro Superman – já quis juntar tudo mundo e saiu atropelando tudo. Já meteu no filme seguinte – além do Superman – a Mulher Maravilha e o Batman. E aí a gente já viu que o troço ia pro buraco quando o Batman – talvez o herói mais importante em termos comerciais desse universo – foi idealizado nas coxíssimas e com um ator – Ben Affleck horrível – que tava com zero vontade de estar lá. É provavelmente a pior idealização/versão do herói já feita na história. O filme é péssimo e – como quase tudo no DCU – corrido, já trazendo, de quase prima, um dos maiores eventos que já rolou com o Superman – sua morte.
A partir daí – confesso que não sei a ordem e nem importa – foram enfiando goela abaixo filmes terríveis do Aquaman e da Mulher Maravilha – os dois, aliás, até bem interpretados, assim como o Flash. Mas tudo isso culmina com o terrível filme da Liga da Justiça, que foi tão ruim que trocaram o diretor, só pra uns anos depois falarem “acho que a versão com o primeiro diretor foi melhor, vamos lançar ela” e aí temos basicamente dois filmes que são e não são o mesmo. É o gato de Schrödinger do cinema.
Quando o buraco parecia sem fundo, demitiram o ator do Superman, o ator do Flash virou um psicopata na vida real e ainda soltaram mais uns dois ou três filme pavorosos.
Até que James Gunn, diretor da Marvel trocou de lado e, como um herói, disse que vai resetar tudo e nos salvar dos filmes ruins, veremos.
Samuel M. Bertoco é formado em Marketing e Publicidade