Por Monsenhor José Ágius
Uma das parábolas mais linda que Jesus nos oferece em seu evangelho é exatamente a chamada “Parábola do Filho Pródigo”, que é preferível ser chamada de “Parábola do Pai Misericordioso”. Esta parábola é um hino ao amor de Deus, enquanto expõe a ingratidão do homem pecador e a suma indigência daquele que cai no pecado.
A finalidade desta parábola é: 1) nos ensinar o modo e o processo que costumam seguir as pessoas, ao caírem no pecado; 2) nos colocar diante dos olhos o estado miserável no qual se encontra o pecador; 3) nos ensinar por escrito a volta do pecador para Deus e a infinita bondade e misericórdia com a qual Deus costuma receber aqueles que, arrependidos de seus pecados, voltam para ele em busca do perdão.
INDIGÊNCIA do pecador: O filho pródigo não conheceu jamais seu pai, não tomou consciência do amor e da infinita bondade do pai e, por isso, separou-se dele. Ao afastar-se do pai, encontrou-se com seu próprio eu vazio e nu, e viu-se submetido aos tormentos de uma indigência material e espiritual, que o humilhou e o lançou nos braços do desespero. Sentiu, então, a necessidade de voltar.
MISERICÓRDIA de Deus: Deus não só não castiga o pecador, mas o espera, oferecendo-lhe o perdão. Quando o filho volta para o pai, este recebe-o sem perguntar-lhe nada, sem jogar-lhe no rosto sua má conduta e sem recordar-lhe sua ingratidão. Deus sente compaixão do pecador, já antes do arrependimento.
Já se disse que aquele adiantar-se pressuroso e pleno de amor do pai ao encontro do filho significa a graça de Deus que se antecipa ao pecador, move-o à penitência, prepara-o para cumprir todos os requisitos e termina a obra da conversão, devolvendo ao filho pródigo as vestes da inocência, o anel da amizade e os sapatos para que possa andar pelos caminhos da justiça; torna-o filho de Deus e herdeiro do céu.
AMÉM!
Monsenhor José Ágius