Por Monsenhor José Ágius
O próprio Jesus nos ensina como devemos rezar. E cada frase por ele ensinada tem significado profundo. Ele nos ensina a dizer:
“Pai Nosso”: não exatamente meu ou seu, mas de todos. De Cristo em primeiro lugar e de todos os homens e mulheres, pois todos somos filhos e filhas de Deus por Cristo, com Cristo e em Cristo. Chamar a Deus de Pai já não é para nós uma ousadia, um atrevimento; é sim a expressão dos sentimentos filiais que nutrimos para com ele, e esta atitude filial nos foi ensinada pelo próprio Jesus.
“Que estais no céu”: o nosso Pai comum está nos céus, isto é, em todos os lugares, pois onde Deus está, aí está o céu; está em nossa vida com todas as alternativas, de maneira que nada nos pode suceder sem que estejamos protegidos pelo Pai, sustentados pelo Pai, amados pelo Pai.
“Santificado seja o vosso nome”: é a revelação definitiva de Deus aos homens e mulheres, mas essa revelação fará com que todos nós humanos reconheçamos a Deus e lhe ofereçamos o amor do nosso coração.
“Venha a nós o vosso reino”: o reino de Deus que pedimos é o Reino que Jesus veio instaurar e que é reino de justiça, de verdade, de amor e de paz. Isto é o que pedimos no Pai nosso, ao pedirmos que venha a nós o seu Reino.
“Seja feita a vossa vontade”: a vontade de Deus é a que justifica, a que ordena as coisas, a que santifica os seres humanos, porque o ser humano será tanto mais santo quanto mais fiel se mostre à vontade do Pai celestial.
“O pão nosso de cada dia nos dai hoje”: sob o nome de pão entende-se tudo o que é necessário para a subsistência; com isto, pedimos a Deus o sustento indispensável e tudo aquilo de que necessitamos para poder levar uma vida honrada e humana.
“Perdoai-nos as nossas ofensas”: nossas ofensas, nossos pecados, tudo com que possamos ofender a ele diretamente, ou a ele em nossos irmãos e irmãs. E para inclinar mais a vontade de Deus para nosso perdão, acrescentamos:
“Assim como nós perdoamos aos que nos têm ofendido”: é a condição que nós mesmos colocamos, para conseguir de Deus nosso perdão.
“E não nos deixeis cair em tentação”: não pedimos para livrar-nos das tentações, que às vezes poderão ser até convenientes ou mesmo necessárias, e sim que não caiamos nelas.
“Mas livrai-nos do mal”: afastai de nós quanto nos possa induzir ao mal, não permitais que nos atinjam as sugestões do mal.
ASSIM SEJA!
Monsenhor José Ágius