Por Samuel M. Bertoco
Tem feito muito sucesso um tipo de produção bem específico por aí: Séries sobre crimes reais. Sejam documentários ou com atores – essas fazem sucesso há bastante tempo – elas estão no imaginário popular, vou dar umas dicas aqui, separado em duas partes. Primeiro, vamos aos seriados.
- American Crime History: AMC é uma antologia sobre crimes reais. Eu não vi essa última, que é sobre o caso Bill Clinton, mas as duas primeiras – o julgamento de OJ Simpson e o assassinato de Versace – são espetaculares em atuação, clima e roteiro. Uma aula de como produzir uma série de ficção baseada em um fato terrível sem soar ou muito cruel ou muito pretensiosa e sem tornar os personagens caricatos, muito heróis ou muito vilões.
- Inventando Anna: Baseada numa garota russa que enganou a alta sociedade nova-iorquina, morou em hotéis caríssimos sem pagar e quase abriu um clube de 40 milhões de dólares. A série conta com atuação irretocável de Julie Gardner. Apesar de alguns tropeços de roteiro e de várias vezes romantizar demais algumas situações, a série cumpre bem seu propósito.
- BlackBird: Um condenado por tráfico de drogas recebe a tentadora oferta do FBI de virar brother de um suspeito de ter assassinado várias jovens e conseguir dele uma confissão. BlackBird tem empolgado crítica e público por fugir de vários lugares comuns desse tipo de série e é uma das grandes séries do ano.
- The Act: A série acompanha a vida de uma garota doente e sua mãe, aparentemente amorosa, mas que vai-se descobrindo uma mãe abusadora e que fragilizava a filha e inventava as doenças da menina.
Atuações poderosas de Joe King – filha – e Patrícia Arquette – mãe. Apesar de exagerar no dramalhão, é um grande acerto – e bem melhor que os filmes por aí que contam a mesma história.
Samuel M. Bertoco é formado em Marketing e Publicidade