Cambé: Missa lembra um ano do falecimento de Karol e Luan

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Santa Missa será celebrada pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz, a partir das 19 horas, na Paróquia Santo Antônio

Neste domingo (23), será celebrada uma Santa Missa de um ano de falecimento dos jovens Karoline Verri Alves (17) e Luan Augusto (16). O casal de namorados foi morto em decorrência de um atentado no Colégio Helena Kolody, em Cambé (PR), no dia 19 de junho do ano passado – Karol faleceu no atentado e Luan, na madrugada do dia 20. A celebração será presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz na Paróquia Santo Antônio de Cambé, a partir das 19 horas, com a participação do Setor Juvenil, jovens e adolescentes da arquidiocese.


Na intenção da Santa Missa celebrada pelo arcebispo dom Geremias, as orações de toda a Igreja serão pela paz, principalmente, nas escolas e colégios.


O casal de namorados Karol e Luan participava do grupo de jovens da Paróquia Santo Antônio e do grupo de Jovens Vicentinos. Familiares e amigos relatam a participação frequente do casal na Santa Missa e no sacramento da Confissão, além do desejo que tinham por entender e viver cada vez mais os ensinamentos da Igreja.


Desde que a história dos dois ficou conhecida, as suas famílias têm dado seu testemunho, em várias partes do país, sobre a busca da santidade.

Um ano do atentado
Na manhã da segunda-feira, dia 19 de junho, um jovem de 21 anos, morador de Rolândia (PR), entrou no colégio estadual Professora Helena Kolody, em Cambé (PR), e atirou contra Karoline Verri Alves (17), matando-a na hora, e contra Luan Augusto (16), que veio a falecer na madrugada seguinte no Hospital Universitário de Londrina (PR).


O autor do ataque era um ex-aluno do colégio cambeense e morava em uma chácara com os pais em Rolândia. Foi preso e levado para a delegacia em Londrina. Na tarde do dia 20, Marcos Vinicius dama foi encontrado morto dentro de sua cela na Casa de Custódia de Londrina – ele teria cometido suicídio. O atirador é o mesmo que invadiu o colégio estadual Souza Naves, de Rolândia, em outubro de 2022 e tentou esfaquear outro aluno aleatoriamente. Ele chegou a ser levado pela polícia e foi ouvido sobre o incidente e alegou ser “apenas uma brincadeira”. Esse mesmo jovem havia feito uma publicação elogiosa ao autor do ataque da creche em Santa Catarina em abril de 2023.


Escolha aleatória
Em seu depoimento à polícia, o assassino disse que escolheu as vítimas aleatoriamente. O agressor fez, pelo menos, 16 disparos dentro do colégio cambeense, segundo o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Amarantino Ribeiro. A informação também foi dada pelo secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, que disse que o assassino não conhecia as vítimas.


De acordo com as investigações, o mentor intelectual do atentado era um jovem de 18 anos, preso em Gravatá, interior de Pernambuco, com quem o executor trocava mensagens. O delegado-chefe da Subdivisão da Polícia Civil em Londrina, Fernando Amarantino Amorim, indiciou o rapaz preso em Gravatá por homicídio doloso com base nas mensagens encontradas nos telefones celulares apreendidos.


Um rapaz de 21 anos, também morador de Rolândia, preso preventivamente dias após o ocorrido, foi apontado como cúmplice por ter ajudado no planejamento e na execução do crime. Ele era amigo do autor do ataque e também foi indiciado por homicídio qualificado. A polícia apurou que o amigo ajudou o autor a comprar materiais que foram usados no atentado, como uma beca preta. “No sábado, dia 17, dois dias antes do crime, no Ginásio de Esportes de Rolândia, os dois fizeram fotos e vídeos para serem postados minutos antes do atentado. Nas postagens, o atirador aparece paramentado com a beca que foi encontrada na cena do crime, em sua mochila”, informou a polícia.


Havia outros dois suspeitos de participação no ataque, também rolandenses, de 35 e 39 anos de idade à época, que poderiam responder por comércio ilegal de arma de fogo e munições. O delegado-chefe de Cambé, Paulo Henrique Costa, informou que os jovens de 21 anos (de Rolândia) e de 18 anos (de Gravatá) foram presos preventivamente por serem “sujeitos ativos” dos dois homicídios qualificados e consumados. Um outro homem, que vendeu a machadinha para o assassino, foi ouvido e liberado porque o produto não é considerado ilícito.

Presos
Em julho do ano passado, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou três dos seis suspeitos de envolvimento nas mortes de dois estudantes. De acordo com o MP, os suspeitos devem responder por dois homicídios duplamente qualificados pelo motivo torpe e por recurso que dificultou a defesa das vítimas. As penas para esses crimes variam entre 12 a 30 anos de prisão em caso de condenação. Os suspeitos estão presos preventivamente em Pinhais, no Paraná, em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, e em Santo André, em São Paulo.

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