Hino de Cambé em pauta com novo arranjo e livro

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Cerimônia apresentou o novo arranjo do hino municipal cambeense, que também é o objeto de um livro contando toda a sua história

O maestro Vitor Hugo Gorni discursa no evento; o prefeito Conrado Scheller (à esq.) com Eduardo Pavinato

O Hino da cidade de Cambé ganhou novo arranjo musical, mas sem mudar as suas características originais. Na quarta-feira (22) o novo arranjo, do mastro cambeense Vitor Hugo Gorni, foi apresentado durante uma cerimônia realizada no Instituto Nossa Senhora Auxiliadora. O evento também serviu para o lançamento do livro ‘Hino à Cambé: A Canção Oficial da Cidade’, escrito pelo historiador Eduardo Pavinato, servidor da Cultura de Cambé.


De acordo com Pavinato, o livro conta a história da composição do hino da cidade e como foi o seu processo de ‘oficialização’. “O Hino teve a sua letra composta durante a Festa das Nações de 1957, portanto, há mais de 65 anos. A canção foi, durante 10 anos, utilizada extraoficialmente e só foi oficializado em 1967”, revela o historiador.

O livro
“Este livro fala do momento em que foi feito a composição e dos significados que as pessoas atribuíram ao hino quando fizeram a composição. Também conto um pouquinho a história desses personagens. Um deles (Francisco Lopes) é uma pessoa com quem temos pouca familiaridade porque veio para Cambé, participou de um evento, fez a letra e depois foi embora, mas consegui encontrar algumas informações sobre ele. E o outro personagem é o maestro Andréa Nuzzi, que ficou em Cambé e que defendeu que o hino fosse oficializado. São momentos muito importantes para nós”, explica Eduardo Pavinato.


O historiador ainda comenta que o livro nasceu da atividade que era feita no museu no atendimento às escolas municipais: os professores sempre buscavam por informações e significados sobre o hino.

“Partindo isso, nós realizamos uma pesquisa e descobrimos materiais inéditos que falam sobre a questão do hino e fizemos essa publicação. O interessante nela é justamente esse fato de contarmos como se deu o ato de criação do hino, o período em que ele ficou sendo utilizado extraoficialmente pelas escolas, e depois a oficialização por parte do município em 1967”, informa Pavinato.


A publicação dos primeiros mil exemplares do livro foi possível por meio da Prefeitura de Cambé, através da Secretaria Municipal de Cultura e do Museu Histórico de Cambé, afirma o historiador. “O público-alvo desta obra são professores da rede municipal de ensino, depois faremos um trabalho com as bibliotecas, com os espaços de cultura, e depois com a população em geral. O livro será distribuído gratuitamente”, pontuou Eduardo Pavinato.

O novo arranjo
Responsável pelo novo arranjo do hino, o maestro Vitor Hugo Gorni lembra que a sua nova versão é, na verdade, uma composição mais modernizada da primeira versão. “O novo arranjo é um algo bem ligado a um hino mesmo. O que tocava antes era um arranjo com teclado e não tinha aquela imponência de hinos, não tinha aquele andamento do hino e nem a harmonia necessária. Então nós fizemos um arranjo dentro das características de hino mesmo, com uma orquestra acompanhando e aquela atmosfera pulsante e vibrante”, compartilha o maestro.


Gorni comenta que a realização do novo arranjo surgiu por uma iniciativa espontânea dele mesmo, por entender que a cidade merecia algo novo. “O hino conta com uma melodia muito bonita e bem-feita do maestro Andrea Nuzzi, com uma letra muito bonita. Percebi que ele merecia ser resgatado dentro do estilo mais clássico de um hino. Eu fiz o arranjo e gravei no meu estúdio mesmo, e cantei com a minha esposa, Doralice Aparecida Paranzini Gorni, uma amiga, Leonilda Bissoqui de Freitas, além do meu filho Vitor Hugo Paranzini Gorni. Esse trabalho não teve custo nenhum para a prefeitura e foi um presente que dei para a cidade”, pontuou o maestro.

HINO A CAMBE
Música: Maestro Andréa Nuzzi
Letra: Francisco Lopes

Deus lembrou-se desta terra abençoada,
ofertou-nos a semente da esperança
e ouvirá em nosso canto agradecido
nosso preito de louvor e confiança.

Muitas raças se fundiram irmanadas,
trabalhando pela pátria brasileira,
e sem falsos preconceitos dissolventes.
se aconchegam sob as cores da bandeira

O trabalho pioneiro
da cultura do café,
foi o pai miraculoso
da cidade de Cambé,

Ouro verde do Brasil,
este hino de Cambé
é uma prece agradecida,
é o calor da nossa fé.

Fronte erguida, peito forte,
avancemos firme o pé.
O Brasil sabe o que deve
para os filhos de Cambé
Avante . . . Cambé . .. Avante!

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