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Hortas comunitárias de Cambé são exemplo no país

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Programa foi criado em 1983 e modelo foi replicado em várias cidades do país; na última semana, São Jerônimo foi até Cambé

Os vereadores Odair (1º à dir.), Fernando Lima (2º) e Edmundo; ao fundo, Alexandre Morya fala com a assessora jurídica da Câmara de São Jerônimo

A cidade de Cambé tem um programa de Hortas Comunitárias que é exemplo para várias cidades do Brasil. Muitos municípios vêm até a cidade para se inteirar do programa, entender seu sucesso e refazê-lo. Ao todo, Cambé tem 26 hortas comunitárias na área urbana, com cerca de 1100 pessoas plantam alimentos para consumo próprio. O excedente é comercializado por elas, gerando renda e, muitas vezes, parte vira doação para famílias carentes e entidades.

Recentemente, a ação despertou o interesse do presidente da Câmara de São Jerônimo da Serra, Edmundo Lopes, que foi junto com a sua equipe até o município para conhecer o programa. Foram levados até a horta que fica no Jardim Santa Izabel, onde 55 famílias cultivam vários tipos de hortaliças. Lopes foi acompanhado do presidente da Câmara de Cambé, vereador Dr. Fernando Lima, e do vereador Odair Paviani. O parlamentar de São Jerônimo tirou suas dúvidas sobre a elaboração do projeto que pretende apresentar até o final do ano em sua cidade. “Cambé é pioneira nesta ação e é considerada referência pelo sucesso do programa”, ressaltou Edmundo Lopes.

O diretor da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Cambé, Alexandre Morya, que coordena o programa, também acompanhou a visita. “A produção das hortas beneficia mais de 6 mil pessoas”, salientou. A prefeitura entra com o apoio técnico, orientando o plantio, além de ajudar com o adubo. “Recebemos doação de esterco de produtores rurais e preparamos o adubo com as madeiras de árvores e folhas recolhidos na manutenção de nossas áreas verdes”, explicou Morya.

Ocupação, renda e saúde
O perfil das pessoas que têm canteiros nas hortas comunitárias varia de local para local e, embora em algumas prevaleçam pessoas mais idosas e que tiveram alguma experiência na área rural, há jovens e muitas pessoas que sempre moraram na área urbana.

Laurinda Maria Camargo, presidente da Horta Comunitária Santa Izabel, cultiva seus dois canteiros há 33 anos. Ela conta que tem até fila de espera de pessoas que querem comprar ou pedem doação de verduras. “Com a pandemia, os pedidos de doação aumentaram bastante e a gente tenta atender a todos. Infelizmente nem sempre dá porque a produção depende do clima e nem sempre sobra”, lamenta-se. Laurinda acrescenta que, desde a sua participação no programa, sempre teve alimentos frescos em casa e, quando o tempo ajuda, consegue uma renda extra com a venda.
Dona Dirce, moradora do Cambé 4, onde também há uma horta comunitária, tinha dois canteiros na região, mas pediu para se mudar para a horta do Santa Izabel. “Aqui tenho mais amigas e, além de trabalhar a terra, passo o tempo com mais alegria”, afirmou.

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