Por Jedson Augusto Vicente – advogado
O empréstimo consignado, uma modalidade de crédito que desconta as parcelas diretamente da folha de pagamento dos aposentados, tem sido uma opção financeira bastante utilizada por essa parcela da população. No entanto, nos últimos anos, têm surgido preocupações crescentes sobre a prática de juros abusivos nesse tipo de empréstimo, prejudicando significativamente os aposentados e pensionistas.
Juros abusivos referem-se a taxas de juros que estão muito acima das médias de mercado, desproporcionais em relação ao risco do empréstimo e que, muitas vezes, ultrapassam os limites legais estabelecidos para determinadas modalidades de crédito.
Os empréstimos consignados para aposentados são atrativos devido à comodidade dos descontos automáticos nas folhas de pagamento. No entanto, nos últimos anos, têm surgido relatos crescentes de aposentados que estão sendo sobrecarregados com taxas de juros exorbitantes, tornando difícil o pagamento das parcelas e, consequentemente, comprometendo sua qualidade de vida.
Apesar de existirem regulamentações e limites estabelecidos para os juros nos empréstimos consignados, é importante observar que essas taxas ainda podem ser relativamente altas, deixando margem para práticas abusivas. Além disso, muitos aposentados não têm acesso a informações claras e transparentes sobre os custos reais do empréstimo, o que dificulta a tomada de decisões financeiras conscientes.
Os juros abusivos nos empréstimos consignados têm impactos significativos na vida dos aposentados. Muitos deles se veem em uma situação de endividamento crescente, onde uma parte substancial de sua renda mensal é destinada ao pagamento das parcelas, deixando pouco ou nenhum espaço para outras despesas essenciais, como alimentação, saúde e moradia. Isso pode levar a um ciclo de endividamento difícil de romper.
Aqueles que já foram vítimas de juros abusivos devem ter acesso ao Poder Judiciário para buscar reparação e compensação por danos sofridos, com a redução das parcelas cobradas em sua aposentadoria.
Se você foi vítima dessa prática abusiva, procure um advogado de sua confiança.
Jedson Augusto Vicente – OAB/Pr 55.968
Advogado há 14 anos, especialista em ações contra o INSS, tendo atuado em mais de 3 mil processos.
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