Empresas procuram advogada e vão entrar com queixa-crime contra disseminadores da lista
A lista com nomes de empresas rolandenses que seriam apoiadoras de Lula, e que foi veiculada na semana passada, vai para a Justiça. É o que garante a advogada Maria Eduarda Siloto, que representa 10 empresas citadas na lista do boicote.
Para que o processo corra de maneira mais rápida, a ideia é pular algumas etapas e entrar com uma queixa-crime no Juizado Especial Criminal, no Fórum de Rolândia. “Vamos entrar direto com a queixa-crime como difamação contra as pessoas que estão disseminando essa lista de boicote”, explicou Maria Eduarda Siloto.
A advogada lembra que há, nesse caso, um aumento de pena por conta de ser um meio que dissemina mais rapidamente a difamação.
Maria Eduarda também afirmou que os comerciantes prejudicados pela lista de boicote a procuraram já na semana passada. “Demoramos um pouco para divulgar que estávamos fazendo algo porque estávamos coletando as provas da disseminação da lista para que as pessoas não apagassem essas provas”, ressaltou.
De acordo com a advogada, cerca de 5 pessoas devem ser citadas na Justiça como disseminadoras da lista do boicote por difamação. “Serão, por baixo, 5 queixas-crimes contra essas pessoas”, pontuou Maria Eduarda.
Depois que as queixas-crimes forem feitas à Justiça, os denunciados e denunciadas devem ser ouvidos pelo juiz. De acordo com a advogada, a pena pode ser de 6 meses a 1 ano para quem comete esse tipo de crime, que pode ser aumentada por conta do meio utilizado.
A profissional também falou sobre a dificuldade em encontrar quem criou a lista. “Sabemos que foi usado um perfil fake no Facebook, mas é mais difícil saber quem criou a lista”, ressaltou Maria Eduarda. Já quem a está disseminando, que também é crime, é mais fácil, pois a pessoa usa seu perfil do WhasApp.
