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Observatório de Feminicídios faz palestra em Rolândia

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Evento será na Apae na noite desta terça-feira (21) e faz parte da campanha ‘Elas fazem acontecer’; trabalho desenvolvido pelo Néias Observatório de Feminicídios de Londrina é promover ações de enfrentamento da violência feminicida

A equipe do Néias é composta por voluntárias; para participar é importante se inscrever pelo WhatsApp (43) 98808-1196.

O Brasil teve um aumento de 5% nos casos de feminicídio em 2022 em comparação com 2021, aponta levantamento feito pelo g1 com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. São 1,4 mil mulheres mortas apenas pelo fato de serem mulheres – uma a cada 6 horas, em média. Este número é o maior registrado no país desde que a lei de feminicídio entrou em vigor, em 2015. O Paraná registrou 274 casos de feminicídio ou de tentativa de feminicídio em 2022, segundo dados do Ministério Público. O número representa um aumento de 30% em relação ao ano anterior.


Entendendo a realidade e dificuldade das vítimas surgiu o Néias: Observatório de Feminicídios de Londrina. Na terça (21), às 19 horas, uma Roda de Conversa vai ser realizada com as jornalistas Carolina e Cecília França, do Néias, na sede da APAE Rolândia, com o tema ‘Como a linguagem pode ajudar a combater a violência de gênero?’’. Para participar é importante se inscrever pelo WhatsApp (43) 98808-1196.


A roda é uma promoção da campanha ‘Elas fazem acontecer’, promovida pelo JR, Brechó com Propósito, CNA Rolândia, Empório Veganizando, Madame Bike, Mídia Pontual, Amazing Burger e clínica de estética Anneliese Moers.


O grupo Néias é uma organização da sociedade civil que surgiu em 2021, após um grupo de feministas ativistas se organizarem para dar visibilidade e acompanhar o julgamento do feminicídio tentado cometido pelo marido de Néia, na verdade Cidneia Aparecida Mariano da Costa, de quem ela estava tentando se separar.


Néia, de 33 anos, mãe de um jovem e de três meninas, sobreviveu à agressão, mas ficou com graves sequelas neurológicas e com danos motores e cognitivos. O feminicida não conseguiu o objetivo de tirar sua vida, embora tenha provocado sua morte social ao deixá-la tetraplégica, sem fala, com severa atrofia muscular e totalmente dependente de suas cuidadoras.


“A proximidade com a situação de Néia e o drama vivido por seus familiares nos fez perceber a necessidade de levantar a voz pelas tantas Néias, cujos crimes passam despercebidos na mídia e para a sociedade local. Assim, surgiu a iniciativa do Néias”, explicou a jornalista Carolina de Faria Avansini, que é assessora de imprensa e integrante do grupo.


A equipe do Néias-Observatório de Feminicídios é composta por voluntárias. Nessa composição há profissionais das mais diversas áreas, como advogadas, sociólogas, antropólogas, psicólogas, professoras, artistas e jornalistas. A cada julgamento, é produzido um Informe com dados básicos sobre processos criminais, com o intuito de gerar informação qualificada para a sociedade e para veículos de imprensa interessados em cobrir os casos.


“A ideia é incentivar que casos de feminicídio sejam evidenciados como parte da memória da cidade e, ainda, ressaltar a urgência da consolidação de práticas de controle social e de articulação da rede intersetorial para o atendimento público desses casos”, pontuou a jornalista.


“A associação divulga e acompanha o andamento de processos dos casos de feminicídio consumado e de feminicídio tentado em julgamento pelo Tribunal do Júri na Comarca de Londrina. Com isso, sistematiza, analisa e dá visibilidade a dados sobre feminicídios tentados e consumados ocorridos no município, produzindo conhecimentos que subsidiem estratégias de monitoramento e de prevenção da violência feminicida”, informou Carolina.


Saiba mais sobre o grupo pelo site www.observatorioneia.com ou por meio do Instagram (@neiasobservatoriolondrina).

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