Os casos de maus-tratos a equinos (cavalos, burros e éguas…) continuam acontecendo em Rolândia. Só nesta segunda-feira (28), duas denúncias chegaram até a empresa J. Xavier, responsável pelo recolhimento de animais de grande porte em Rolândia. “Houve uma égua com um corte grande na perna traseira e outro cavalo desnutrido”, revelou Pedro Alexandre Silva Neves, da empresa J. Xavier.
No caso da égua cortada na coxa, Pedro explicou que foi chamado por uma moradora da região do Jardim Terezópolis. “Ela disse que o animal apareceu lá com esse corte na perna. Ela afirmou que vai cuidar do animal e que pretende ficar com a égua”, afirmou Pedro Alexandre. “Expliquei que ela precisa fazer um cadastro para receber a doação. Também passe o telefone do veterinário para que ela o chamasse para cuidar da égua”, ressaltou o recolhedor. Pedro também revelou que está atrás de descobrir se essa égua tem dono, para que ele possa ser responsabilizado.
Ainda nesta segunda, uma outra denúncia sobre maus-tratos a cavalos chegou até o JR, justamente na hora em que o jornal entrevistava Pedro Alexandre. Tratava-se de um cavalo macérrimo, com feridas e parasitas que estava amarrado próximo à Lagoa do San Fernando. Pedro foi até o local e, depois de dar água ao animal, o levou até ao espaço em que mantém os animais recolhidos. “Também vamos procurar saber quem é o dono desse cavalo”, pontuou.
Dono arcar com despesas
Preocupado com o contínuo aumento dos maus-tratos a animais, o vereador Ratolino está com um projeto de lei que prevê que os agressores de animais arquem com as despesas. “O nosso projeto de lei 36/2021 já foi votado uma vez na semana passada e vai para a segunda votação nesta segunda-feira (28). Se for aprovado novamente, vai para a sanção do prefeito”, afirmou Ratolino.
Denúncias
Animais grandes soltos, que podem provocar acidentes de trânsito, ou casos de maus-tratos podem ser denunciados diretamente para a empresa ou para a Polícia Militar (190), ou para o Corpo de Bombeiros (193). “Não importa a hora ou o dia. Se tem algum cavalo ou outro animal grande solto nas ruas, as pessoas podem ligar que vamos recolher”, afirmou Pedro. “Se não conseguiu falar comigo, ligue para Polícia ou para os bombeiros que eles entram em contato comigo”, garantiu Pedro.
Outra ação de maus-tratos que diminuiu, mas que ainda existe, é referente aos animais que puxam carroça. Muitas vezes, o esforço feito pelo animal é muito além de sua força, o que o acaba levando à morte.
Os animais recolhidos são levados para um local próximo ao conjunto Ainda Nogueira. “Como a maioria dos cavalos é cadastrada, ligamos para o dono para que ele pague a multa e leve embora o bicho”, revelou Pedro. Se depois de dois dias, o proprietário não busca o cavalo, ele vai para doação. No caso de maus-tratos, se não houve maneira de cura, o animal sofre a eutanásia para aliviar seu sofrimento.
Adoção de cavalos
A Secretaria de Meio Ambiente de Rolândia tem feito um cadastro de pessoas interessadas em adotar cavalos. “São animais de recolhimentos que fazemos e cujos donos não vêm buscar. Publicamos em Diário Oficial e esperamos sete dias para fazer a doação”, explicou Audinil Maringonda Junior, secretário de Meio de Ambiente. “Quem tiver interesse pode entrar em contato pelo telefone 3156-0333, de segunda a sexta, do meio-dia às 18 horas”, ressaltou Audinil.
Números
Quem vir um animal de maior porte solto nas ruas, ou em situação de maus-tratos, seja em carroça ou não, pode entrar em contato com a empresa, em qualquer horário e dia, pelos telefones (43) 9.9685-1563 ou (47) 9.9644-2274, que também são WhatsApp. As pessoas também podem ligar para o Meio Ambiente (3156-0333), mas apenas de segunda a sexta. Os telefones da Polícia Militar (190) e do Corpo de Bombeiros (193) também podem ser contatados.