Museu da Imigração de Rolândia recebe autoridades rolandenses e da região, além do Cônsul-geral japonês, na manhã deste sábado
Uma Missa em homenagem aos antepassados, neste sábado (18) no Museu Japonês, em Rolândia, marca a celebração dos 114 anos da imigração japonesa ao Brasil, iniciada oficialmente neste dia em 1908. O culto, organizado pela Aliança Cultural Brasil-Japão em Londrina, será celebrado pela monja Jishun Morioka, do templo Bushinji, de Rolândia, e tem início às 10h da manhã. São esperadas diversas autoridades, políticas e civis, de Rolândia e região.
“O Culto será em frente da placa dedicada às almas dos pioneiros imigrantes japonese do Paraná”, explica a monja Jishun. O Cônsul-geral do Japão em Curitiba, Keiji Hamada, é aguardado, assim como representantes das Associações Culturais e Esportivas do Paraná.
O pedido para a celebração do culto pela monja partir de Eduardo Suzuki, presidente da Aliança. A cerimônia terá uma oferenda de flores feita pela Cônsul-geral e também palavras do presidente da Aliança Brasil-Japão. “Haverá recitação do Sutra e oferenda de incenso pelos presentes, além de uma breve palestra minha”, revelou a monja Jishun.
Imigração
A imigração japonesa no Brasil começou no início do século XX, no ano de 1908. Atualmente, o Brasil abriga a maior população de origem japonesa fora do Japão, com mais de 1,5 milhão de nikkeis (termo usado para denominar os japoneses e seus descendentes). A maioria reside nos estados de São Paulo e do Paraná. Segundo pesquisa de 2016 publicada pelo IPEA, em um universo de 46 801 772 nomes de brasileiros analisados, 315 925 ou 0,7% deles tinham o único ou o último sobrenome de origem japonesa.
Oficialmente, a imigração japonesa no Brasil teve início oficialmente em 18 de junho de 1908, quando o navio Kasato-Maru aportou em São Paulo, trazendo 781 lavradores para as fazendas do interior paulista. O fluxo cessou quase que totalmente em 1973, com a vinda do último navio de imigração Nippon Maru.
Os descendentes de japoneses chamam-se nikkei, sendo os filhos nissei, os netos sansei, os bisnetos yonsei, e assim por diante. Os nipo-brasileiros que mudaram-se para o Japão em busca de trabalho e lá estabeleceram residência, a partir do fim dos anos 80, são denominados dekasseguis.