Pitã une identidade, cultura e inclusão; projeto busca fortalecer a identidade local e promove a conscientização sobre o TEA
Jaguapitã agora conta com uma mascote oficial que representa sua identidade cultural e valores de inclusão: Pitã. A mascote foi escolhida pela comunidade em votação popular, encerrada em 20 de novembro, como parte do projeto ‘Construindo Pitã’, realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo.
Pitã será confeccionado em feltro, material artesanal que é a especialidade da artesã Luciana Knoor Ribeiro, idealizadora do projeto. Cada exemplar terá cerca de 25 a 30 cm e será produzido com materiais como linha, enchimento e papelão. Serão entregues 20 exemplares à Prefeitura em dezembro, além de um modelo digital que poderá ser utilizado conforme as necessidades do município.
A criação também traz um coração no peito da mascote, simbolizando a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma causa pessoal de Luciana, que é mãe do Murilo, de 11 anos, e busca promover conscientização e respeito por meio de sua arte. “O coração no peito do Pitã representa a inclusão de pessoas autistas. É algo que vem do meu coração e da minha vivência como mãe do Murilo.
Acredito que levar essa mensagem através da mascote pode instigar a curiosidade das pessoas e, mais importante, criar um diálogo sobre o respeito e a diversidade”, explicou Luciana.
O projeto teve início em abril de 2024, com o lançamento do edital. Após os trâmites legais, foi implementado em agosto. Luciana, que trabalha com a confecção de bonecos em feltro desde 2016, desenvolveu três modelos de mascotes e os disponibilizou para votação popular no site da Prefeitura: o modelo do Pitã foi o mais votado pela população.
“Quis que a comunidade participasse ativamente da escolha, pois a mascote representa todos nós. Incorporar a opinião pública fortalece essa conexão e faz do Pitã um símbolo genuíno de Jaguapitã. Meu sonho é ver a mascote sendo usado nas escolas, em projetos voltados para crianças, para que elas cresçam entendendo a importância da diversidade. Meu objetivo é que o Pitã seja mais que uma mascote, mas também um embaixador da inclusão e do respeito às diferenças”, pontuou a artista.
Além de Murilo, Luciana é mãe de Ana Alice, de 8 anos, é casada e, além de artesã, também atua como assistente administrativa na Escola Estadual Dr. Waldemiro Pedroso. Formada em Contabilidade pela FACCAR, Luciana também cursa Pedagogia na UEM e Artes Visuais na FAVENI.
‘Construindo Pitã’ é parte de iniciativas culturais financiadas pela Lei Paulo Gustavo, que também contemplou outras ações no município, como pintura muralista e arte de berimbau. “Quero aproveitar para citar também a importância do trabalho do consultor cultural Marcus Savae, mentor no processo de implementação da lei em Jaguapitã, e da Valquiria de Souza Antônio, coordenadora do Sistema Municipal de Cultura, que foram essenciais neste projeto”, conclui a artesão Luciana Knoor Ribeiro.