Setor de Educação, Conselho Tutelar e vereadores discutiram sobre os índices de infrequência escolar no município e levarão a questão até o MP
Uma reunião com representantes municipais, servidores da Secretaria de Educação e do Conselho Tutelar foi realizada na quarta (08), na Câmara Municipal de Rolândia, para tratar da infrequência escolar que tem ocorrido no município.
“Estamos notando um grande índice de falta dos alunos e um não comprometimento com os roteiros que são disponibilizados nas instituições”, comentou a secretária de Educação, Leíse Márcia de Moraes Camargo.
A reunião também contou com a participação da diretora pedagógica da Educação, Sílvia Unbehaun Puschel, e da gerente de Documentação Escolar, Sílvia Felix. Também participaram a presidenta do Conselho Municipal de Educação, Angelita Regina Soares, a servidora da Câmara Iris Soraia Inez, a vereadora Cristina Pieretti (PP), o secretário municipal de Assuntos Legislativos, Diego Silva, e a vice-presidente do Conselho Tutelar, Camila Ignácio.
“Sabemos da dificuldade das famílias com as crianças nesse período de pandemia, e por conta disso, muitas coisas acabaram se afrouxando no sentido de muitos ainda não quererem que os filhos frequentem a escola de modo físico. Mas a coisa não é bem por aí. Para as crianças que estão matriculadas estar na escola é um direito e é dever, tanto da família quanto do Estado, fazer com que essas crianças estudem”, afirmou a secretária de Educação.
Com isso, o setor de Educação está montando um relatório para averiguar todo o percentual de crianças que não estão frequentando as aulas, seja de modo presencial, ou remoto. Esse documento foi apresentado na reunião da ocorrida na Câmara. “Posterior a isso, vamos encaminhar um Plano de Ação ao Ministério Público e pedir o apoio do órgão nessa questão”, afirmou Leíse.
Vale informar que ao setor de Educação, em conjunto com o Conselho Tutelar, tem realizado um sistema de busca ativa, na qual os servidores municipais das escolas entram em contato com os responsáveis dos alunos pelos meios digitais, “mas ainda há certa dificuldade de entrar em contato com grandes pessoas, pois muitos perdem o seu número de celular”, alegou a diretora Sílvia Unbehaun Puschel.
Os conselheiros tutelares afirmaram que “todos os casos de infrequência escolar são repassados para o Conselho por meio das escolas municipais e estaduais. Nós somos comunicados para entrar em contato com a família: no primeiro momento fazemos uma orientação para que a família se conscientize da importância de o aluno participar das aulas, sejam presenciais ou remotas”, ressaltou o conselheiro Rogério Santana Alves.
Após essa medida de orientação, o conselheiro explicou que se a situação for prolongada e a criança continuar a não frequentar as aulas, outras intervenções começam a ser feitas. “Haverá uma responsabilização da família por abandono intelectual, caso não haja comprometimento por parte dos responsáveis. Não estamos fazendo tantas responsabilizações neste momento de pandemia por sabermos que é uma questão mais especifica, mas em casos em que não exista esse comprometido o caso é levado ao Ministério Público”, pontuou Rogério.