Cambeense é prata nos Jogos Paralímpicos de Paris

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Peão das Águas e vencedor de dois mundiais, o paracanoísta Igor Tofalini conquista medalha inédita na Paralimpíadas de Paris

Rufino (ao centro), Igor e Haxton recebem suas medalhas; glória paralímpica é o que falta na carreira do cambeense (fotos: Marcelo Zambrana/CPB

O cambeense Igor Tofalini (41) conquistou a única medalha que faltava em sua carreira como paracanoísta: uma medalha em Jogos Paralímpicos. Igor e Fernando Rufino fizeram uma dobradinha histórica para o Brasil neste domingo (8), último dia das provas de paracanoagem nos Jogos de Paris 2024. Na final dos 200 metros VL2, categoria que prevê competidores com movimentos de tronco e braços, Rufino foi campeão com o tempo de 50s47 e Igor, que é atleta do Rema Londrina/ Iate Clube de Londrina/ FEL, ficou com a medalha de prata ao registrar o tempo de 51s78. O norte-americano Blake Haxton completou o pódio.


A aguardada medalha paralímpica de Igor Tofalini foi conquistada com muita emoção para o cambeense. A vantagem dele para o americano Blake Haxton foi de apenas 3 centésimos. Com poucas palavras, ainda na raia de competições, o Peão das Águas comemorou aos gritos para a transmissão oficial: “Obrigado, meu Deus. Valeu! Eu amo o Brasil. Dominamos a França”, comemorou.


Com a prata em Paris, Igor coloca no peito a medalha da competição que faltava no currículo. Antes da inédita medalha dos Jogos Paralímpicos, ele já havia comemorado cinco títulos nacionais, dois Pan-Americanos e dois títulos mundiais. O cambense comemora o feito em Paris com os colegas de Seleção Brasileira, até terça-feira (10), quando embarca para o Brasil. A previsão de chegada dele em Londrina é na quarta-feira (11), às 08h35, no Aeroporto Governador José Richa. A recepção será feita por familiares e torcedores.


O paracanoísta Igor Tofalini, 41 anos é paranaense de Cambé, no Norte do Estado, e bolsista do programa Geração Olímpica e Paralímpica do Governo do Paraná. “Se eu conseguir, essa medalha vai ser uma realização pessoal, de sonhar, trabalhar e conquistar algo que não tem preço. É como alcançar o nível mais alto da sua profissão. E, no meu caso, poder olhar para trás e ver que superei todas as dificuldades”, dizia o paratleta, antes de chegar a Paris.


Igor se referia ao acidente que o deixou paraplégico em 2011, quando era peão de rodeio. Ao cair de cima de um boi numa prova, levou um pisão do animal que fraturou a coluna. Após o acidente, foram 45 dias de tratamento no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, referência nacional na reabilitação de pacientes vítimas de lesões com sequelas ortopédicas e neurológicas. E foi durante o tratamento na Capital Federal que Igor ouviu falar pela primeira vez sobre esportes adaptados.


Em 2013, dois anos após o acidente que o tirou das arenas de rodeio, nascia o Peão das Águas, apelido que leva até hoje. Nascia também a parceria com o técnico Gelson Moreira Souza, com quem Igor segue treinando.

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