Cambeense e pedagoga da escola municipal Maria Teixeira, de Rolândia, Adriana foi campeã da 1ª Copa América Máster com a seleção brasileira
A Escola Municipal Maria Teixeira Georg, que fica na região do Manoel Muller, em Rolândia, está em festa! Isso porque a servidora municipal e pedagoga da unidade, Adriana Chiconato (47), foi campeã da Copa América Máster de Handebol com a seleção brasileira. A competição, realizada em Viña del Mar, no Chile, de 06 a 10 de abril, contou com a participação de seis seleções: Brasil, Chile, Argentina, Porto Rico, República Dominicana e Venezuela.
Adriana é de Cambé, onde nasceu e continua morando. “Acho que sou meio Cambé e meio Rolândia, pois trabalho há 17 anos em Rolândia, de onde é meu esposo e toda a sua família’, brinca a atleta de handebol.
Adriana ganhou a medalha de ouro na categoria 44-48 anos e falou com o JR sobre essa competição. “Essa primeira Copa América de Handebol Máster e contou com participação tanto de equipes femininas quanto de masculinas em várias categorias. No feminino, o Brasil participou com equipes nas categorias 30+, 37+, 44+ e 48+”, explicou a pedagoga e jogadora Adriana.
Conforme explicado pela atleta, na categoria 44+, da qual ela participou, foram duas equipes do Chile e duas do Brasil. As equipes tupiniquins foram formadas por atletas das regiões Sul e Sudeste em um time e com atletas da região Norte e Nordeste no outro. “Os treinos, devido à pandemia, foram realizados de forma individual, com cada atleta na sua cidade natal e só chegamos lá com um dia de antecedência para um treino rápido”, informou.
Para Adriana, a conquista foi extremamente significativa. “A sensação do prêmio é de felicidade, pois não é fácil jogar sem treinar com meninas de diferentes times. Em nossa equipe havia meninas do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Cada uma com características diferentes, mas que, juntas, com pensamento de uma ajudar a outra em quadra, conseguimos enfrentar essa dificuldade e sermos campeãs”, afirma.
O prefeito de Rolândia, Ailton Maistro, também parabenizou Adriana pelo feito. E para atleta, ter essa visibilidade é um fator importante para ser exemplo tanto para jogadoras mais jovens que ainda estão por vir, quanto para aquelas que já não são vistas como jovens, mas que têm muito ainda a contribuir para o esporte. “Ser campeã máster serve de incentivo para outras pessoas que já não são tão ‘novinhas’ a não desistirem de seus sonhos, com empenho e dedicação conseguimos ser vitoriosos”, ressalta.
Próxima competição
Em junho, Adriana se junta à equipe AHC/AeRover para participar do Brasil Máster Cup, que é realizado em São Paulo e é o maior campeonato de handebol máster das Américas. “Este é um Campeonato Brasileiro no qual são selecionadas as atletas que vão compor a seleção brasileira para o próximo ano”, pontua a pedagoga.
A equipe AHC/AeRover é uma junção de jogadoras do Norte do Paraná, com cinco atletas de Curitiba e mais três de São Paulo. “Aqui do Norte do Paraná somos em oito jogadoras: Lucilene, Vera, Vania, Sonia, Marli e eu, de Cambé; Patrícia, Marisléia e Célia de Rolândia”, concluiu Adriana.
Início
Adriana revela que começou a jogar handebol com 12 anos, na sexta série. Em jogos contra outros colégios, foi vista por jogadoras da equipe adulta de Cambé, que sempre teve tradição no handebol feminino. As atletas adultas davam aulas na escolinha de handebol de Cambé e convidaram Adriana para treinar com elas.
Depois de um tempo, foi jogar em Cascavel e voltou um ano depois, já jogando no time adulto de Cambé. “Na verdade, como não tínhamos patrocínio, jogamos por Londrina profissionalmente”, relembra. Adriana resolveu parar, casou-se, teve filho e só voltou a jogar com as amigas quando o filho tinha 7 anos.
“Minhas amigas do handebol resolveram se encontrar e perto da casa de uma das meninas tinha uma quadra e fomos brincar. Aí pensamos: será que a Secretaria de Esportes não nos dá uma quadra? Fomos e nos pediram para participar de um paranaense adulto”, pontua Adriana.
Um ano depois, houve um campeonato máster em Londrina e uma equipe Cambé/Londrina foi formada. “Fomos campeãs e eu e mais uma atleta de Londrina fomos convidadas por um técnico de Curitiba para jogar o Brasileiro. Jogamos e fomos chamadas para a seleção. Veio a pandemia e tudo ficou parado até ser retomado em 2022 nessa Copa América”, concluiu.