Separação do lixo reciclável e do orgânico significa menos gasto da prefeitura para levar o orgânico até um aterro licenciado

A Prefeitura Municipal de Jaguapitã iniciou, na semana passada, a entrega das sacarias de ráfia nas casas para que a população destine seu material reciclável para a Ascamar, Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis do município. O objetivo, além de beneficiar as famílias que dependem desse material para sobreviver, é diminuir a quantidade de lixo reciclável misturado ao orgânico e, assim, diminuir o gasto da prefeitura com a empresa que leva o lixo orgânico até um aterro licenciado.

O lixo orgânico de Jaguapitã não pode mais ser levado até o aterro da cidade, que nos últimos anos se tornou um lixão, dado a quantidade de lixo, tudo misturado. “Se apenas o lixo orgânico tivesse sido levado para o aterro, a vida útil dele seria muito maior”, explica Fernanda Giorgetti, secretária de Meio Ambiente.

Transbordo
Como o aterro já não pode mais ser utilizado, a solução encontrada pela administração Gerson Marcato foi a construção, no aterro mesmo, de um transbordo, um local onde ficam duas caçambas e para onde é levado todo o lixo orgânico produzido pelos jaguapitãenses. “A empresa Terra Norte vem três vezes por semana retirar esse lixo e o leva para um aterro licenciado”, ressalta Fernanda.

Atualmente, a prefeitura paga R$ 218 por tonelada de lixo levada pela empresa até o aterro licenciado. Ainda não há um número exato mensal da quantidade de lixo recolhida, mas deve girar algo em torno de 45 a 50 toneladas por semana, ou seja, o valor gasto deve ser entre R$ 10 mil e R$ 11 mil/semana. “Por isso a importância da separação do lixo e de enviarmos apenas o orgânico para o transbordo”, pontuou Fernanda.

Para que menos lixo reciclável fique misturado ao orgânico é que a prefeitura e a secretária de Meio Ambiente estão incentivando a separação através de campanha e também da distribuição dos sacos de ráfia para o reciclável. “Esse saco tem a logo da prefeitura e da Ascamar, para onde vai o lixo reciclável”, ressalta Fernanda Giorgetti.

Coleta Premiada
Além da entrega de cerca de 7 mil sacos de ráfia para a população, há também uma campanha, a Coleta Premiada, que busca conscientizar a população sobre a importância da separação dos lixos. A Coleta Premiada foi lançada em agosto pelo prefeito Gerson Marcato e pela secretária de Meio Ambiente, Fernanda Giorgetti.

As pessoas que separarem o lixo reciclável ganharão cupons para concorrer a vários prêmios: computador, televisão, bicicletas, relógios, fogão cooktop e forno micro-ondas. “Cada saco de reciclável entregue ao caminhão vale dois cupons. Se a pessoa levar na sede da Ascamar, cada saco vale 5 cupons”, explicou o prefeito Gerson.

“Não misture o lixo reciclável com restos de comida ou com lixo de banheiro”, alerta Fernanda. “Quanto mais lixo reciclável for separado, mais trabalho haverá para as famílias, que buscarão seu sustento nessa separação, e menos pagaremos para levar o orgânico até o aterro licenciado”, concluiu a secretária.