Municípios atendidos pelo Pólo B do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), com base em Rolândia, podem ser excluídos do ramal 192, por meio do qual as ambulâncias do Serviço são acionadas para atendimento.
Segundo Izilda Frois, diretora de Emergência e Urgência da Secretaria de Saúde de Rolândia, a medida é uma orientação do Ministério Público Estadual para solucionar a dívida de, aproximadamente, R$ 1,3 milhão que os municípios têm com Rolândia, desde 2012. “Mas que pode ser feita se esgotarem todas as negociações”, ressaltou.
Na terça-feira (06), Izilda se reuniu com os prefeitos e secretários de saúde desses municípios no CISMEPAR (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema) para tentar novamente um acordo. O pólo B do SAMU, cuja sede é Rolândia, atende Alvorada do sul, Bela Vista do Paraíso, Cafeara, Cambé, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci, Jaguapitã, Lupionópolis, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu e Prado Ferreira. O SAMU oferece o atendimento de alta complexidade para cerca de 250 mil habitantes, através da ambulância, acionada pelo telefone 192.
Izilda esteve na sessão da Câmara Municipal para prestar esclarecimentos sobre a dívida, na segunda-feira (05). Ela foi interpelada diversas vezes pelos vereadores, que questionaram a respeito dos gastos e quais providências seriam tomadas para resolver o problema.
A dívida é resultado da falta de repasses de recursos financeiros das prefeituras desses municípios para a Secretaria de Saúde de Rolândia, que ajudariam a manter o SAMU em funcionamento.
“Temos tido reuniões freqüentes entre o grupo condutor da urgência que levanta esses gastos. Temos envolvido os secretários de saúde, secretários de finanças e prefeitos. Estamos tentando sensibilizar sobre qual a importância do SAMU”, esclarece Izilda. A diretora conta que os prefeitos foram informados sobre a orientação do Ministério Público e solicitaram uma auditoria e recálculo da dívida. A interrupção do atendimento somente será feita após o esgotamento das negociações, caso não seja firmado nenhum acordo.
Entenda – Cada município atendido deveria repassar o valor mensal de R$ 0,50 por habitante para o pólo A (Londrina), dos quais R$ 0,17 seriam destinados à manutenção do atendimento do pólo B. Segundo Izilda, o valor que é destinado pelo governo federal para o funcionamento do serviço de urgência e emergência não era suficiente para cobrir os gastos elevados do SAMU – profissionais, equipamentos de alta complexidade, ambulâncias, medicamentos – e, por isso, em 2012 foi feito um acordo entre os municípios de que as prefeituras ajudariam a manter o serviço.