A rolandense e jogadora de vôlei Paloma Fernanda Lopes, 21, procura patrocínio e um time para jogar. Ela disputaria a Superliga A com a equipe de Araraquara (SP), onde treinou durante três meses, até que o time acabou. “Ia ser minha primeira Superliga A, o sonho de toda atleta”, lamenta. Paloma conta que disputou a Superliga B, no início do ano, com a equipe de Itabirito (MG). A equipe de Araraquara venceu a competição e foi classificada para a Superliga A. “Eu e meu empresário pesquisamos bastante e surgiu essa oportunidade de treinar em Araraquara”, relata.
A atleta mudou-se para o interior de São Paulo, alugou casa e comprou móveis. Segundo Paloma, a técnica da equipe garantiu que estava tudo correto e que o time tinha um patrocínio que não podia ser divulgado por conta de processos judiciais antigos. Há cerca de um mês e meio, a diretoria do time e o secretário de esportes do município se reuniram com Paloma e outras 12 atletas que integravam o time e comunicaram que não havia dinheiro para manter a equipe e disputar o campeonato. “Foi um sonho que desmoronou”.
A rolandense e as outras meninas, que assim como ela haviam alugado casa, não receberam o salário durante os meses que treinaram lá. O único pagamento recebido por Paloma, segundo ela, foi uma ajuda de custo da prefeitura para pagar o aluguel. A atleta teve de pagar multa por rescisão do contrato do aluguel e voltou para Rolândia há três semanas, com ajuda dos pais. “Eu tive que comprar móveis lá e voltei com dívidas nos meus cartões de crédito”, conta.
Paloma relata que é abordada na rua por várias pessoas, que a questionam sobre o motivo de estar de volta à cidade. “O meu sonho não acabou. A gente está tentando dar a volta por cima, oportunidades não existem mais.” A atleta foi contratada em Araraquara na época em que os times estavam fechando as equipe para disputar a Superliga A.
A jogadora afirma que vai para qualquer lugar onde consiga uma oportunidade. Mesmo com as dificuldades, a atleta mantém a esperança viva. “Sempre tive o sonho de ir embora. Quero dar uma vida melhor para os meus pais, por tudo que eles já fizeram por mim. A gente ora, minha família é bem religiosa, mas o momento agora é de esperar. Não está sendo fácil.” Paloma e seu empresário estão enviando vídeos da atleta à procura de uma equipe.
O apelo de Paloma é para que empresários e pessoas ligadas ao esporte possam ajudá-la, seja com patrocínio, com contrato para anúncios de produtos e serviços ou mesmo por meio de contatos que possam resultar em alguma oportunidade. O contato com a atleta pode ser feito através de sua página no Facebook: Paloma Fernanda ou pelo e-mail [email protected].
Mesmo com os problemas, a atleta cortou seu cabelo e doou. “Eu estava me sentindo muito mal e veio na minha cabeça que eu precisava ajudar. Espero que as outras meninas que também estão desempregadas possam conseguir uma equipe e fico muito feliz por aquelas que já conseguiram.” Paloma começou a treinar na escolinha de Voleibol em Rolândia, com o Inho, aos 12 anos, e joga fora da cidade há 7 anos. Atualmente, ela treina com as meninas mais velhas da escolinha, para manter seu condicionamento físico.