Papo Reto: Eleições dos EUA – por Renato Malacrida

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Poxa vida, Renatenho, vai falar sobre política novamente! Sim, e se reclamar ensino a fazer coquetel molotov! Brincadeira, gente, mas não tem como fechar os olhos para a eleição estadunidense.
Nas redes, como sempre, dividiu-se entre aqueles que apoiam, os que discordam e aqueles que apenas estão querendo “tumultuar”. Nosso espaço aqui é curto e política sempre é um assunto pesado, mas se você acredita que não afetará nosso país, está completamente enganado! A vitória de Trump fortalece discursos que há um bom tempo permeiam nossa sociedade: ódio, homofobia, racismo etc. Sem falar que o próximo presidente disse que há muitos países que aproveitam dos EUA economicamente, dentre eles, o Brasil. 

Como diria Bertold Brecht, de que “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

Devemos abrir os olhos e começar a desenhar o que virá pela frente. Particularmente, não acredito que Trump desencadeará uma terceira guerra mundial, a não ser que traga benefícios pro seu pais (sim, guerra também traz benefícios), caso contrário, será apenas uma figura folclórica e dançará conforme o Congresso.

Esquerdismos à parte…
Brasileiro está com a péssima mania de titular “esquerdismo” para tudo que é coisa. Em uma página que acompanho, tacharam os críticos do novo presidente dos EUA de esquerdistas, por discordarem da postura do mesmo. Discordar é parte do processo democrático e fomenta ainda mais o debate, mas a que ponto chegamos! Se o cidadão fez comentários que ferem a moral e os bons costumes, o fato de eu discordar me faz ser um “esquerdopata”? Acima de questões ideológicas, sou ser humano, e assim como os demais, querer respeito é o mínimo que se pede a um outro ser humano. Chegamos a um ponto em que não sabemos dialogar de forma racional e partimos pra sensacionalismo barato!

Estudos …
Falando nisso e pra terminar, existe uma corrente dentro da história chamada “História do tempo presente”, através da qual buscamos entender, historicamente, os eventos atuais e buscar mecanismos que possam trazer algumas respostas. Estudar o passado pelo passado é ineficaz. Trazendo um pouco da escola alemã, compreender que a história é espiral, compreendemos que determinados fenômenos acabam se reproduzindo. Ao debater sobre a ascensão dos regimes totalitários na Europa (URSS, Alemanha, Espanha, Portugal, Itália etc) perceber a compreensão de alguns estudantes quanto ao discurso daquele tempo, e discurso de um Trump, por exemplo. Isso faz valer a pena estudar história. História não é uma disciplina que se ensina, mas se aprende muito com ela! (ou não)
Renato Malacrida é professor de História e conta histórias
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