Durante uma audiência na Câmara Municipal de Rolândia na semana passada, foi levantada uma questão acerca do aumento do aluguel do prédio onde funcionam o Centro de Especialidades e o Posto de Saúde Central, na rua Alzira Tiburski. Segundo atestava o contrato, o valor iria de R$ 14.740 mil para R$ 29 mil. A reportagem do Jornal de Rolândia entrou em contato com o secretário de Planejamento, Dário Campiolo, para esclarecer a situação.
Antes de receber a reportagem do JR, o secretário explicou que a Administração teria uma reunião com os locadores do imóvel justamente para tratar dessa questão. O encontro aconteceu na tarde de quinta-feira (02) na própria prefeitura e, logo após essa reunião, Campiolo ligou para a redação do JR e concedeu uma entrevista sobre o tema.
O secretário afirmou que o prédio passou por reforma e teve uma ampliação de 18%, ou seja, a área passou de 1500m² para 1770m², com melhorias para o atendimento de saúde. Desta forma, foi combinado entre o locador e a prefeitura o aumento de 18%, já que o espaço foi ampliado, e mais 7,2% de reajuste. Com isso, o novo contrato estabeleceu o valor de R$ 19 mil. Ele entra em vigor em fevereiro, mês em que será finalizada a reforma.
Dário esclareceu que o valor de R$ 26 mil corresponde ao valor do aluguel reajustado mais o valor devido pela prefeitura por causa dos seis meses de reforma no prédio. “Acontece que, de agosto do ano passado até janeiro não foi pago nada, não foi pago os 14.740 mil reais”, relatou. Ele explicou o motivo pelo qual o valor calculado foi tão alto.
“O aluguel de R$ 14.740 vezes seis meses dá 88 mil. Dividindo acho que por doze, imagino, dá 7 mil e pouco a mais. Então os 19 mil reais mais 7 daria 26 mil”, explica o secretário. “Mas não foi paga nenhuma parcela desse valor nunca”, ressaltou o secretário.
Para ele, o contrato deixou margens para uma interpretação confusa. “Como o contrato está mal explicado, vamos falar assim, que não está explicito isso, foi gerado um novo aditivo explicitando e retirando, inclusive, esse saldo de 8 mil do contrato”. Mas os critérios desse pagamento, segundo Dário, ainda estão “em uma discussão à parte”.
O secretário finalizou a explicação dizendo que o problema com a explicação do valor no contrato será solucionada. “Estamos fazendo o aditivo do contrato para ficar do jeito que tem que ser, com os 19 mil reais por mês, com a área ampliada e correção inflacionária”, concluiu Dário.