Colégios estaduais começam o ano letivo em estado de greve

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O ano letivo começou na quarta-feira (15), em todos os colégios estaduais do Paraná. Mas, a partir de 15 de março, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP Sindicato) vai aderir a uma greve geral nacional e as aulas serão paralisadas. Antônio Marcos Rodrigues Gonçalves, rolandense que faz parte da direção de assuntos municipais da APP Sindicato, declarou que as aulas voltaram “com um calendário de mobilização para tanto fazer a conscientização da sociedade paranaense como para reivindicar nossos direitos que estão sendo negados pelo governo do estado do Paraná”.

Como Antônio relatou, na última assembleia da categoria, foi definido pelo estado de greve. Para ele, essa decisão tem grande importância. “O estado de greve é para que as pessoas entendam as mobilizações e acompanhem o processo”, explicou. “Nós tínhamos uma liminar para que houvesse a redistribuição das aulas dentro do conceito, considerando um terço de hora atividade e o governo do estado reeditou. Apesar da liminar dada pela justiça, ele reeditou a resolução sem considerar realmente a realidade dessa carga horária em hora atividade”, esclareceu o funcionário da APP Sindicato.

O membro da direção de assuntos municipais explicou que existe a pauta estadual e também uma pauta nacional. Portanto, foi definido o início de uma greve geral no país, principalmente dos trabalhadores da educação em 15 de março, dia em que já não haverá mais aulas. No caso do Paraná, Antônio elencou os motivos para a adesão da greve e do estado de greve, que são: o descumprimento do piso nacional para os funcionários da educação; o não pagamento do reajuste prometido para encerrar a greve de 2015 e a Reforma da Previdência. De acordo com o funcionário da APP Sindicato, essa é uma situação que afeta todos os brasileiros e os paranaenses funcionários da educação, que também saem prejudicados por essa situação. “Nós não estamos falando de aumento, nós estamos falando de reposição salarial, que toda categoria de trabalhadores no país tem direito”, disse Antônio.

Antônio ressaltou o objetivo da greve. “A ideia tanto é conter essas políticas de retiradas de direitos no Paraná e também em nível nacional porque se não todos os educadores e inclusive, não só do setor publico, mas da área privada também, professores e, aliás, todos os trabalhadores terão muito prejuízo com essas medidas aí que estão sendo colocadas”. Ele também explicou como o estado de greve vai funcionar nas escolas, com os professores. “Nós teremos representantes das direções regionais e da direção estadual e também já temos historicamente um representante a cada escola para sempre estar fazendo esse debate com os demais professores, mas a visitação as escolas agora será bastante intensa pra gente mobilizar para esse processo”, finalizou o funcionário da direção de assuntos municipais da APP Sindicato.

Em Rolândia, mais de 6 mil voltam às aulas

Cerca de 6.250 alunos e alunas voltaram para as salas de aula na quarta-feira (15) no município de Rolândia, que tem seis colégios estaduais em funcionamento. O maior deles, o Souza Naves, tem cerca de 2,1 mil estudantes, seguido do Villanueva (1.490), Kennedy (1.050), José Herions (900), José Chiarelli (550) e Lauro Portugal, em São Martinho (165).

Os professores do Colégio Souza Naves foram vestidos de roupas pretas para o primeiro dia de aula, em forma de protesto pelo tratamento dado pelo Governo Estadual à classe. Nas próximas semanas, outras manifestações e ações também devem vir à tona, para lembrar o momento pelo qual passa o ensino no país e, principalmente, no Paraná.

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