O dia 21 de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down e tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da luta pelos direitos igualitários, o seu bem-estar e a inclusão dos portadores de Down na sociedade. A Síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma mutação do material genético humano, presente em todas as raças. A reportagem do JR falou com a APAE, que enviou um texto sobre a síndrome e sobre o trabalho da entidade.
“A Síndrome de Down (SD), descoberta pelo cientista John Langdon Down em 1866, caracteriza-se como uma anomalia genética. A constituição genética típica dos seres humanos é representada por 46 cromossomos em cada célula do nosso corpo, sendo 23 cromossomos da parte materna e 23 da parte paterna. Na síndrome de Down ocorre um cromossomo a mais, ou seja, as células dos indivíduos com a síndrome apresentam 47 cromossomos.
O cromossomo extra localiza-se no par 21, por esse motivo a síndrome também é conhecida como Trissomia do 21. Existem três tipos de organização genotípica para a Síndrome de Down: a Trissomia do 21 com prevalência em 95% dos casos, a Translocação com ocorrência em 3% dos casos e a mais rara o Mosaico com ocorrência em apenas 2% dos casos.
Esse arranjo genético específico acarreta em características fenotípicas específicas como: olhos oblíquos, prega no canto interno do olho, orelhas, boca e nariz menores, encurtamento dos dedos, prega palmar única, abdômen proeminente, língua protusa e deficiência intelectual em diversos graus.
Atualmente a APAE de Rolândia tem 22 alunos com a Síndrome de Down, esses alunos estão distribuídos desde a estimulação essencial, pré-escolar, ensino fundamental até o ensino profissionalizante (EJA). Recebem atendimento pedagógico no setor escolar e profissionalizante em paralelo com atendimentos clínicos no setor técnico do SUS que corresponde as áreas de: Fonoaudiologia, Psicologia, Terapia ocupacional, Fisioterapia e Assistência social.
Na educação infantil prima-se pela socialização, ludicidade, construção da identidade, da autonomia, dos pré requisitos para futura alfabetização e posteriormente a alfabetização propriamente dita. No setor profissionalizante, temos oficinas diversas que tem por objetivo a preparação de posturas e habilidades para o mercado de trabalho, os alunos são constantemente avaliados e inseridos no mercado de trabalho através de parcerias com empresas da cidade, onde realizam trabalho supervisionado.
Toda a organização deste trabalho mantido pela APE tem por objetivo a construção do desenvolvimento humano de nossos alunos de maneira integral, plena e digna, afim de contribuir para inclusão social de todos os nossos cidadãos.”