Para fechar o mĂŞs em que se comemora o Dia Internacional da Mulher e finalizar a sĂ©rie de reportagens especiais MĂŞs da Mulher no JR, assim como na primeira, com a ex-vereadora Maria Luiza Muller, o tema será a participação feminina na polĂtica. Dessa vez, as entrevistadas sĂŁo as vereadoras Edileine Griggio (PSC) e Maria do Carmo Ferro Campiolo (PSDB) que já marcaram a histĂłria, pois a legislatura atual foi a primeira em que duas mulheres foram eleitas para a Câmara de Vereadores.
Desafios de uma vereadora
Edileine afirmou que os vereadores tĂŞm respeito e carinho pelas colegas de legislatura. Maria do Carmo avalia que algumas situações sĂŁo difĂceis. “Às vezes a gente percebe que em uma resposta mal dada, a gente tem a sensação que Ă© porque nĂłs somos mulheres”, afirmou. A vereadora do PSDB acredita que Ă© importante contar com o apoio de outra mulher na Câmara. “É muito bom Ă© que nĂłs estamos em duas, entĂŁo assim, dá mais respaldo”, falou Maria do Carmo.
Passado e presente
A vereadora do PSC, Edileine, considera que atualmente a situação está melhor para a mulher. “Estamos sendo mais respeitadas, mas ouvidas, eu acho que está mais fácil”, afirmou. Maria do Carmo disse imaginar as dificuldades de suas antecessoras na Câmara, que estiveram sozinhas em meio aos homens. Para a vereadora do PSDB, a mulher precisa participar mais da polĂtica e de outros setores. “SĂł que eu tambĂ©m vejo um outro lado, uma sobrecarga, que a parte familiar fica muito para ela, da educação dos filhos”, declarou.
Preconceito
Maria do Carmo afirmou que a mulher na polĂtica ainda nĂŁo tem tanta aceitação popular e revelou que houve dois casos em que ela recebeu comentários preconceituosos de pessoas que ela nĂŁo conhecia durante a campanha de 2016. “A pessoa põe para fora o preconceito existente”, explicou. Ela relembrou que, antigamente, nĂŁo havia abertura para a mulher sequer cogitar uma candidatura, porque isso nĂŁo era bem visto e aceito pela sociedade. Já Edilene relatou que teve uma boa aceitação da sua candidatura e foi respeitada como mulher no meio polĂtico. “NĂŁo tive nenhum tipo de preconceito, pelo contrário”, disse a vereadora do PSC. “Eu fui muito premiada com isso”, concluiu Edileine Griggio.Â