No último dia 24, o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) realizou uma reunião extraordinária na Câmara de Vereadores para liberar 20 mil reais para o transporte de cerca de 10 trabalhadores do aterro sanitário de Rolândia. Segundo Daniel Rosenthal, presidente do Comdema, a Prefeitura afirmava não ter recurso para pagar uma van para levá-los, já o custo seria de cerca de 3 mil reais por mês. Agora, esse valor oriundo do Fundo do Meio Ambiente, vai possibilitar o pagamento de seis meses de van para levar os recicladores ao aterro, onde eles fazem o aproveitamento do lixo reciclável. A forma que o recurso será aplicado compete ao poder público. “Eu não sei quais os trâmites que a prefeitura utiliza, mas esse dinheiro é para isso”, afirmou o presidente.
Além de precisar tirar dinheiro do bolso para chegar até o aterro, as condições de trabalho dos recicladores são péssimas. “Eles trabalham sob condições de saúde ruins, não tem EPI, não tem nada, sem luvas”, contou Daniel. A situação financeira dos trabalhadores também não é favorável. “Eles não estão nem tirando um salário, segundo a recicladora com a qual eu falei”, revelou o presidente do Comdema.
Daniel ressaltou que a população precisa se conscientizar e fazer a sua parte em relação ao lixo. Atitudes simples como limpar os resíduos, ter cuidado ao descartar objetos cortantes e fazer a separação correta dos recicláveis geram grande diferença no trabalho dos recicladores. “Se não fosse o trabalho desse pessoal o aterro já estaria lotado”, lembrou o presidente.
Mesmo com a liberação do recurso para transporte, as dificuldades ainda são grandes para os trabalhadores. Por isso, o Condema está tentando viabilizar também outras melhorias para os recicladores, como equipamentos de segurança e o conserto da esteira que ajuda na separação, com o apoio da população e órgãos públicos.