Recicladores do aterro sem recicláveis

  1. Home
  2. /
  3. Notícias Antigas
  4. /
  5. Recicladores do aterro sem...
Cerca de 15 pessoas, em sua maioria mulheres, que pertencem à Associação Ambiental, antiga Acaru (Associação Coletores Autônomos de Resíduos Urbanos de Rolândia), estão passando por sérias dificuldades devido à diminuição do material reciclável “mais valioso” recolhido pela Sanetran e encaminhado até o aterro sanitário. Até um ano e meio atrás, cada associado ganhava algo em torno de 1,4 mil reais – hoje, o salário mal chega a 500 reais. O material mais valioso é o papelão, as latinhas de alumínio e as garrafas pets.

A quantidade desse tipo de material não diminuiu, pelo contrário, aumentou. O caso é que as latinhas, pets e papelão são recolhidos por outros catadores antes que o caminhão da Sanetran faça o seu trabalho. “Não estamos falando de carrinheiros não. Estamos falando de pessoas que recolhem só esse tipo de reciclável de carro e até caminhão. Tiram isso e deixam o resto para a Sanetran trazer para nós”, reclamou uma das associadas da Ambiental.

Os recicladores do aterro estão há mais de 10 anos fazendo esse serviço de reciclagem, primeiro com a ACARU e depois com a Ambiental. De acordo com uma associada, dois anos atrás a Ambiental reciclava 12 toneladas de papelão por mês – hoje são menos de 4 toneladas. “No total de material reciclável, gerávamos 80 toneladas por mês, fora o rejeito, que vai para o lixo. Agora, todo mês cai um pouco e daqui a pouco não teremos mais nada”, ressaltou a associada. As garrafas pets giravam em torno de 10 toneladas por mês e agora não chegam a três toneladas. “As latinhas geravam R$ 2,5 mil por mês e agora não conseguimos chegar a mil reais”, afirmou.
Com esse salário tão baixo, os associados da Ambiental têm passado por necessidades. A situação estava pior ainda, pois eles tiveram que pagar do próprio bolso o transporte até o aterro para trabalhar por um ano.  Agora, por seis meses, essa despesa deixará de existir já que o Comdema (Conselho Municipal de Defesa de Meio Ambiente) destinou 20 mil reais do Fundo Municipal de Meio Ambiento para o transporte dos recicladores.

A Associação Ambiental quer que o Poder Público faça com que o material reciclado que a população coloca na rua chegue até o aterro e não apenas o resto como papel colorido, sucata, vidro, cujo valor é bem baixo no mercado. 

Ajuda – Se alguma pessoa ou empresa quiser ajudar a Associação Ambiental com material ou equipamentos de segurança, deve ir diretamente até o Aterro, cuja entrada é em frente ao Posto de Combustíveis do KM 7, na PR-170. Os recicladores sempre estão precisando principalmente de luvas mais grossas e botas.

Compartilhe:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

VEJA TAMBÉM: