Cerca de 15 pessoas, em sua maioria mulheres, que pertencem Ă Associação Ambiental, antiga Acaru (Associação Coletores AutĂ´nomos de ResĂduos Urbanos de Rolândia), estĂŁo passando por sĂ©rias dificuldades devido Ă diminuição do material reciclável “mais valioso” recolhido pela Sanetran e encaminhado atĂ© o aterro sanitário. AtĂ© um ano e meio atrás, cada associado ganhava algo em torno de 1,4 mil reais – hoje, o salário mal chega a 500 reais. O material mais valioso Ă© o papelĂŁo, as latinhas de alumĂnio e as garrafas pets.
A quantidade desse tipo de material não diminuiu, pelo contrário, aumentou. O caso é que as latinhas, pets e papelão são recolhidos por outros catadores antes que o caminhão da Sanetran faça o seu trabalho. “Não estamos falando de carrinheiros não. Estamos falando de pessoas que recolhem só esse tipo de reciclável de carro e até caminhão. Tiram isso e deixam o resto para a Sanetran trazer para nós”, reclamou uma das associadas da Ambiental.
Os recicladores do aterro estão há mais de 10 anos fazendo esse serviço de reciclagem, primeiro com a ACARU e depois com a Ambiental. De acordo com uma associada, dois anos atrás a Ambiental reciclava 12 toneladas de papelão por mês – hoje são menos de 4 toneladas. “No total de material reciclável, gerávamos 80 toneladas por mês, fora o rejeito, que vai para o lixo. Agora, todo mês cai um pouco e daqui a pouco não teremos mais nada”, ressaltou a associada. As garrafas pets giravam em torno de 10 toneladas por mês e agora não chegam a três toneladas. “As latinhas geravam R$ 2,5 mil por mês e agora não conseguimos chegar a mil reais”, afirmou.
Com esse salário tão baixo, os associados da Ambiental têm passado por necessidades. A situação estava pior ainda, pois eles tiveram que pagar do próprio bolso o transporte até o aterro para trabalhar por um ano.  Agora, por seis meses, essa despesa deixará de existir já que o Comdema (Conselho Municipal de Defesa de Meio Ambiente) destinou 20 mil reais do Fundo Municipal de Meio Ambiento para o transporte dos recicladores.
A Associação Ambiental quer que o Poder PĂşblico faça com que o material reciclado que a população coloca na rua chegue atĂ© o aterro e nĂŁo apenas o resto como papel colorido, sucata, vidro, cujo valor Ă© bem baixo no mercado.Â
Ajuda – Se alguma pessoa ou empresa quiser ajudar a Associação Ambiental com material ou equipamentos de segurança, deve ir diretamente atĂ© o Aterro, cuja entrada Ă© em frente ao Posto de CombustĂveis do KM 7, na PR-170. Os recicladores sempre estĂŁo precisando principalmente de luvas mais grossas e botas.