A revisão biométrica será realizada em Rolândia a partir do dia 12 de junho. O município tem cerca de 46.700 eleitores. “No mínimo, a gente tem que atingir 80%”, afirmou Mário Bannwart, chefe do Cartório Eleitoral de Rolândia. Se esse número não for atingido, a revisão biométrica não é validada. A previsão é que sejam atendidas 400 pessoas por dia, entre atendimentos diretos e os agendados pelo site do Tribunal Regional Eleitoral a partir do dia 12. A pessoa que agendou tem a vantagem de ser atendida no horário marcado, sem precisar aguardar.
Vantagens
Segundo Mário, a biometria vai além da parte eleitoral e promoverá uma interligação dos dados pessoais dos cidadãos e redução de fraudes. “A Justiça Eleitoral fazendo essa coleta de todos os dados dos eleitores, e ela vai poder fornecer para os outros órgãos do governo federal, estadual e municipal interligar isso, para diminuir as fraudes”, afirmou. Essas fraudes acontecem principalmente no momento da votação. “A pessoa tem que apresentar um documento oficial com foto mais o título de eleitor, mas a gente sabe que a pessoa pode falsificar isso, mas tendo a biometria não, porque a urna só vai habilitar a partir do momento em que lê a digital do eleitor”, explicou.
Atualmente, o Cartório conta com três guichês. Para o cadastramento, serão dezesseis guichês especializados. “O Tribunal acabou definindo um formato em ilha, nós vamos ter guichês que vão fazer a digitação, guichês que vão colher a fotografia e outros a digital, e a assinatura”, revelou Mário. O chefe do cartório imagina que possam acontecer casos em que o leitor não consiga pegar todas as digitais de uma pessoa. “A gente vai tentar fazer o máximo, colher pelo menos de um dedo da pessoa”, afirmou. Os principais seriam os dedos indicador e o polegar. “No dia da eleição, se não reconhecer lá, o presidente pode colocar o polegar dele e autorizar, lembrando que tem a fotografia da pessoa no caderno de votação”, ressaltou Mário.
O desembargador-presidente do TRE/PR, Adalberto Xisto, solicitou apoio do município no processo. “Como o Tribunal está fazendo concomitantemente em setenta zonas eleitorais, ele não dispõe de recursos suficientes para bancar toda a estrutura”, explicou Mário. O Cartório Eleitoral já tem os equipamentos e realizou menos de mil recadastramentos, apesar de ainda não contar com o número de funcionários ideal para o procedimento. Mário aconselha que a população aguarde o prazo correto para o atendimento, mas caso o cidadão precise de algum serviço do Cartório, pode aproveitar a ocasião para fazer seu recadastramento.
Os documentos necessários para o processo são: comprovante de residência, CPF (se tiver) titulo de eleitor antigo (se tiver) e documento oficial com foto, todos originais. Homens com 18 a 45 anos que vão fazer o título pela primeira vez precisam trazer também o certificado de alistamento militar. No caso de transferência de título, o eleitor precisa comprovar que reside em Rolândia por mais de três meses.
