Mais de 200 pessoas participaram da manifestação pela redução no preço do pedágio ou pela Tarifa Zero, que dá nome ao movimento que uniu rolandenses e araponguenses, na tarde do sábado (27). Além dos discursos de deputados e vereadores, uma patrola tirou pedaços de concreto da estrada alternativa (que liga a rua do Ceboleiro de Rolândia à Ribelonga Vermelha de Arapongas) e desobstruiu totalmente a estrada, que agora permite a passagem também de veículos.
A concessionária Viapar afirmou que, por enquanto, não irá se posicionar sobre a liberação do desvio. Em outras vezes, a empresa recorreu à Justiça para que os motoristas não continuassem a usar a via alternativa. Desde sábado, os motoristas passam pela Estrada do Ceboleiro de cerca de 1,5 quilômetro, que é paralela à BR-369, e que foi melhorada pelas máquinas do movimento Tarifa Zero. De acordo com informações, os bloqueios de concreto foram colocados pela concessionária nos últimos meses. “As máquinas foram contratadas com recursos doados por empresários das duas cidades”, revelou um dos manifestantes.
Apesar do nome “Tarifa Zero”, o movimento se contenta com a redução do valor cobrados dos veículos de Arapongas e Rolândia – hoje o valor é de R$ 8,20 para carros de passeio. A mobilização se inspirou em Mandaguari, onde os moradores conseguiram 75% de desconto na tarifa de pedágio na praça que fica naquele município. O movimento ganhou força após a colocação dos bloqueios de concreto e a construção de um muro que impede acesso a outros desvios em Arapongas.
O muro foi autorizado pela prefeitura de Arapongas em troca de algumas obras da Viapar no município. Foi esse mesmo muro pauta de matéria do JR com o vereador João Ardigo (PSB), em março deste ano, e que deu início à campanha da Tarifa Zero. Outro vereador, Alex Santana (PSD), se juntou à luta com mais vereadores de Arapongas e uma comissão foi formada. Essa comissão deve se reunir para ver quais os próximos passados do movimento.