A administração do Hospital São Rafael, de Rolândia, demonstrou preocupação com as suas duas principais portas de entrada: a dos atendimentos do SUS e a do pronto-socorro, onde o hospital recebe as ambulâncias. Nilson Giraldi, diretor do hospital, revelou que um projeto para reforma nessas áreas foi entregue na terça-feira (30) para a secretaria estadual de Saúde, que sinalizou positivamente sobre esse recurso. “Com isso, nós estamos na expectativa de apresentar essa melhora”, afirmou. O objetivo é realizar adequações para que o espaço seja mais confortável e seguro para os pacientes e demais pessoas que circulam no HSR. “São mais mudanças de inteligência do que estrutura”, destacou o diretor.
O projeto foi realizado de forma gratuita. “O engenheiro da Imobiliária Rolândia e da Impacto Asfalto fez um projeto para nós”, contou Nilson. O gasto com a reforma pode chegar até R$ 150 mil, de acordo com os cálculos da direção. “Nós conseguimos a promessa da secretaria de Saúde do Estado de que nos enviaria um recurso para isso, o deputado Cobra Repórter também está trabalhando nesse recurso”, disse. “Provavelmente vai faltar dinheiro, mas também estamos contando que, se faltar um pouco, algumas coisas a gente consiga resolver com doações, com alguma campanha ou parceria”, revelou o diretor.
Segundo Nilson, a entrada para os pacientes de convênio está em condições adequadas, diferente das outras duas. A entrada do SUS é muito pequena e no horário de visitas, por exemplo, fica nítido que não é ideal para o grande fluxo de pessoas no local. Com a taxa de ocupação próxima dos 80% neste ano, isso representa um grande número de acompanhantes, familiares e visitantes circulando no hospital. “Nós temos uma entrada entre 500 e 600 pessoas por dia, incluindo todos que circulam por aqui”, destacou Nilson. Segundo o diretor, o HSR não tem porte estrutural para receber essa quantidade de pessoas. As mudanças incluídas no projeto tornarão o local mais arejado e amplo, minimizando até o risco da transmissão de doenças como a gripe. “Nós queremos fazer ali na recepção do SUS, algumas adequações para ganhar pelo menos mais 60% de área”, afirmou. Além disso, seriam construídos um banheiro feminino e outro masculino, já que atualmente a área do SUS conta com apenas um.
Em relação ao pronto-socorro, a principal necessidade é separar os atendimentos. “Hoje se nós temos um paciente entubado, ele fica lá no pronto-socorro”, revelou Nilson. “Se alguém é atropelado, ou cai de bicicleta, vem para esse mesmo espaço onde pode ter alguém, por exemplo, em parada”, completou. O projeto prevê a construção de duas salas, uma de acolhimento e procedimentos simples e outra para acomodar as pessoas em cuidados intensivos. A terceira, já existente, ficaria para os pacientes que estão em observação e aguardando resultados de exames. Dessa forma, cada tipo de atendimento ao paciente terá um espaço exclusivo e adequado.