Pais acusados de matar criança são condenados

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   Edson Aparecido Bergamaski, 31, e Thais Dayane Moisés, 24, foram condenados pelo assassinato de sua filha Maria Clara Moisés Cavalcanti, 4 anos, nesta quinta-feira (20). Edson pegou mais de 27 anos e Thais, mais de 28, em um julgamento que durou mais de 12 horas no anfiteatro da Faculdade Paranaense – Faccar – começou às 9 horas da manhã e terminou depois das 22 horas. Os dois já cumpriram mais de um ano de prisão – estão presos desde janeiro do ano passado. O pai admitiu a ocultação de cadáver, ato que a mãe negou, por isso a pena um pouco menor a Edson.
    Maria Clara foi encontrada morta em um terreno baldio, no Jardim Monte Carlos II em janeiro de 2016. O caso teve grande repercussão à época pela pouca idade da vítima e por serem os pais os réus.

O caso
   O corpo de uma menina foi encontrado no dia 04 de janeiro de 2016, já em avançado estado de decomposição, em um terreno baldio no Jardim Monte Carlo II. Os moradores perceberam o forte cheiro e pensaram que fosse um animal morto, mas quando chegaram ao local encontraram o corpo da criança.
   A Polícia Civil de Rolândia desvendou o caso ainda em janeiro. Tratava-se de Maria Clara Moises Cavalcanti, de 4 anos de idade – a mãe da criança, Thais Dayane Moises Cavalcanti, de 22 anos, foi presa em Cabrália Paulista e falou sobre a morte da filha – na época, o delegado Valter Helmut estava à frente da delegacia de Rolândia.
   “A mãe disse que a filha estava passando mal e tinha dores estomacais, e que ela deu Buscopan para a criança. Ao acordar no meio da noite, ela e o marido, Edson Bergamaski, perceberam que a criança estava morta. Ela diz que o marido pediu pra ela sair da casa e sumiu com o corpo”, afirmou o delegado naquela ocasião. O homem teria deixado o corpo da menina em um matagal. “O casal havia se mudado para Rolândia há poucos meses e resolveu regressar à cidade de Cabrália. Iam tentar esconder o que aconteceu. “Os parentes em Cabrália começaram a desconfiar da falta da criança e eles diziam que ela estava com a avó ou com um tio”, explicou Walter Helmut.
    Dias depois, o pai da menina foi preso e confessou ter agredido a criança em um “acesso de raiva”. Edson Aparecido Bergamaski afirmou que Maria Clara estava fazendo muita bagunça. “Eu dei um chacoalhão no pescoço dela, mas não tive intenção de matá-la”, teria dito Edson. O depoimento do acusado foi dado no sábado, 30 de janeiro de 2016, ao delegado Walter Helmut. No dia anterior, o Instituto Médico-Legal de Londrina (IML) já havia confirmado que a morte de Maria Clara tinha sido causada por asfixia.
    Segundo o delegado, o pai da criança admitiu ter usado força desproporcional ao dar a bronca na menina. “Ele diz ter ficado nervoso e a chacoalhou. Depois, a criança foi levada para o sofá e começou a apresentar problemas na respiração. Os pais a teriam medicado, mas ela não resistiu e teria morrido na manhã seguinte”, afirmou Dr. Walter Helmut.
   O casal tem, ainda, um menino de 3 anos e uma menina de 7 – as crianças estão em um abrigo no interior de São Paulo. Apesar de já terem perdido a guarda dos filhos mais de um vez, o pai afirma que eles nunca teriam sofrido maus tratos e se diz arrependido pela morte da filha. O casal era usuário de drogas.

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