O vereador Reginaldo Silva (SD) foi absolvido no julgamento realizado na última quarta (16), em uma Sessão Extraordinária. Acusado de agredir a cunhada, ele foi investigado por uma Comissão Especial na Câmara, que concluiu que não houve provas suficientes para a quebra de decoro parlamentar de Reginaldo. O relatório apresentado pela Comissão que analisou o caso pedia a absolvição do vereador e recebeu apoio de nove dos dez companheiros de Câmara. Com isso, a denúncia contra Reginaldo foi arquivada na Casa de Leis.
Reginaldo, que ficou do lado de fora da sessão, precisava de somente sete votos, ou seja, dois terços dos vereadores votando favoráveis ao parecer do relatório, mas nove vereadores votaram pela absolvição de Reginaldo. São eles: Andrézinho da Farmácia (PSC); Alex Santana (PSD); Edileine Griggio (PSC), presidente da comissão de investigação; o presidente da Câmara, Eugênio Serpeloni (PSD); Irineu de Paula (PSDB), relator da comissão; João Ardigo (PSB); João Gaúcho (PSC); Maria do Carmo (PSDB) e Rodrigão (SD), membro da comissão. O único voto contrário ao relatório foi do suplente de Reginaldo, Paulo Sérgio Ratolino (PT do B), empossado no início da sessão de julgamento para participar da votação.
A Sessão Extraordinária se iniciou às 18h com a posse de Ratolino. Depois, foi feita a leitura do relatório conclusivo pelo 1º secretário Irineu de Paula (PSDB), relator da Comissão Processante. Após isso, foi dado o tempo de até quinze minutos para cada vereador fazer comentários e discutir o relatório. Após isso, o advogado de Reginaldo Silva, Isaac Altino, usou cerca de vinte minutos das duas horas que tinha direito para apresentar a defesa do vereador. O advogado explicou que os vereadores estavam como julgadores naquele momento, “não sob pena de posição política, mas sob pena de cometer uma injustiça”. Altino ressaltou que Reginaldo não foi indiciado pela Polícia Civil, que “não conseguiu identificar naquele momento um crime em sua conduta”. O defensor também argumentou que mandato do vereador vem da vontade e decisão do povo. “A perda desse mandato configura, pois, uma sanção excepcional, que só pode ser levada a efeito com base em um processo legal e constitucional, com provas robustas”, declarou.
A votação teve início somente depois dessas etapas e ocorreu de forma tranquila. Somente quando a sessão se encerrou, a cunhada ficou exaltada com o resultado e precisou ser segurada pelo seu marido, irmão do vereador.
Presidenta da Comissão citou Moro
A presidenta da Comissão Processante, Edileine Griggio (PSC), citou o juiz Sérgio Moro em seu discurso, proferido antes da votação que absolveu o vereador Reginaldo Silva. O magistrado foi lembrado pela citação “Que o discurso bom é o discurso breve”. E Edileine foi breve.
“A Comissão chegou ao parecer de absolvição por não haver, em todo o processo, qualquer prova de prática quebra de decoro parlamentar”, ressaltou.
“Sempre tive o compromisso maior de buscar a justiça e o correto. Nesse passo, como mulher e representante do povo, repudio qualquer forma de agressão ou violência contra as mulheres.
Terminando seu discurso, a vereadora convidou todos os vereadores a lutar, ainda mais, por Rolândia e pelos rolandenses.