O Paraná registrou nos primeiros seis meses de 2017 o menor número de homicídio dos últimos dez anos para o período, com 1.041 casos. Os dados são da Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) da Secretaria da Segurança Pública, que iniciou o levantamento em 2007. De acordo com o trabalho estatístico, Rolândia teve a redução mais expressiva: queda de 58% nos homicídios dolosos. Esse tipo de crime passou 31 para 13 nos primeiros seis meses do ano em comparação com o 1º semestre do ano passado. A reportagem do JR conversou com o major J. Carlos, comandante do 15º BPM, e com o delegado de Rolândia, Bruno Rocha, sobre essas estatísticas.
“Esses números são incentivadores de nosso trabalho e norteadores para dizer o quanto foi feito e o que precisa ser feito ainda”, afirmou o major J. Carlos. O comandante lembra que o que gerou esses resultados foram as ações integradas entre as polícias civil e militar. “A participação da comunidade corrobora ainda mais para essa situação. A denúncia, a informação dos moradores auxilia, e muito, o trabalho das polícias”, ressaltou o major. O comandante também enfatizou a importância do trabalho preventivo realizado pelos policiais militares.
O delegado de Rolândia, Bruno Rocha, explicou que a estatística englobou várias crimes contra a pessoa: homicídio consumado, tentativa de homicídio, lesão corporal seguido de morte e latrocínio, um crime patrimonial com resultado de morte. “No 1º semestre de 2016 tivemos 31 desses casos e, neste ano, foram 13. É a maior redução do Estado e servimos de exemplo para as outras cidades”, relembrou o delegado. “A prevenção e a punição dos crimes são importantes. Precisamos punir quem comete crimes para que ele sirva de exemplo e não faça mais”, ressaltou. “O alinhamento das duas polícias propiciou que se chegasse a essas estatística, que me surpreendeu. Fui conferir e vi que realmente os números diminuíram”, afirmou Bruno Rocha.
O delegado revelou, ainda, neste semestre foram instalados 13 inquéritos de assassinato e que já se concluiu que não há crime em 3 deles. “A estatística é melhor ainda. Dos 10 inquéritos, apenas sete precisam de mais alguma prova para poder serem concluídos”, salientou Bruno. A tendência é que a parceria entre as duas polícias cresça ainda mais.
Mais servidores
O delegado Bruno Rocha afirmou que teria resultados ideias se fosse resolvido o problema de efetivo e “virou” matemático para explicar a situação. “Se eu tivesse, no mínimo, 50% do que seria ideal de servidores, eu já teria o triplo do que eu tenho atualmente”, conclui Bruno Rocha.
Homicídios dolosos Paraná
1º Semestre Mortes
2017 1041
2016 1268
2015 1222
2014 1321
2013 1323
2012 1578
2011 1531
2010 1795
2009 1490
2008 1394
2007 1344