Na manhã do último sábado (26), o Projeto Águas Vivas promoveu uma oficina de construção de cisterna térrea para captação de água da chuva para os pais de alunos na Escola Municipal São Fernando. Segundo, Lilian Marta Schwengber Welter, coordenadora pedagógica, professora há 14 anos na escola e uma das idealizadoras do projeto, a intenção é transmitir esse método para evitar o desperdício deste recurso, armazenando água proveniente da chuva para ser utilizada para lavar calçadas, por exemplo. “Nossa ideia é que esse projeto se estenda para a comunidade”, afirmou a professora do 5° ano B, Rosinei Batistela Müller, também idealizadora da ação.
A ideia do projeto surgiu a partir do desabastecimento de água que Rolândia enfrentou após as fortes chuvas de janeiro de 2016. Como professora na escola do bairro, ela ouviu o relato dos alunos sobre a dificuldade do período, o que estimulou o projeto, já que seu marido e tutor da oficina, Paulo Cesar Welter, havia desenvolvido esse método de captação de água. “Isso despertou uma conscientização da importância da água, porque até então nós nunca tínhamos vivido uma situação dessas”, afirmou. Rosinei conheceu o sistema na casa de Lilian e sugeriu a realização desse trabalho junto a comunidade, ensinando-os a captar água da chuva, gerando economia na tarifa e menos desperdício deste recurso natural. Lilian lembra que há muito tempo paga o consumo mínimo em sua residência, apesar de viverem em cinco pessoas.
A professora começou a desenvolver a conscientização do uso de água com seus alunos a partir de março deste ano, em forma de textos. “Tudo isso a gente tem a intenção de até o início do mês de dezembro transformar em um livro”, revelou a professora. Além disso, Rosinei também está trabalhando conceitos como a preservação do meio ambiente e ações como o recolhimento de lixo.
O sistema já foi implantado na Escola e, na próxima chuva, os tambores doados pelo Lions Clube de Rolândia poderão manter até 900 litros de água armazenados, que serão usados para lavar o pátio. A iniciativa tem o apoio das secretarias de Educação e de Meio Ambiente e da diretora Marli de Lourdes Bengozi Fernandes.
O marido de Lilian, Paulo Cesar Welter, foi o tutor da oficina e ensinou o procedimento da forma que fez em sua casa. O fato de ser marceneiro o ajudou em relação às ferramentas e processos, mas Paulo garantiu que a implantação do método é simples. “Não é um bicho de sete cabeças, qualquer um pode fazer”, afirmou. Os principais benefícios são o custo acessível e o pouco espaço ocupado pelo sistema nas residências. “A vantagem de fazer esse sistema é que você pode aumentá-lo conforme você vai adquirindo tambores e vai aumentando a capacidade”, ressaltou Paulo.