Na Ăşltima semana, cinco vereadores de Rolândia estiveram em Curitiba e receberam um caminhĂŁo coletor de lixo reciclável na terça-feira (22). Esse fato motivou o professor Fábio Amorim (28) a apresentar um requerimento na Câmara, solicitando mais informações sobre o uso das diárias pelos vereadores em relação a essa viagem especĂfica. “Foi para perguntar a respeito da importância do evento e o detalhamento dos custos”, explicou o professor. “Tudo isso Ă© pago com as diárias da Câmara, com dinheiro pĂşblico”, destacou.Â
Fábio revelou qual foi sua motivação para solicitar as informações e justificativa da viagem. “Me pareceu um pouco absurdo a necessidade de cinco vereadores e mais um secretário para que recebam um Ăşnico caminhĂŁo que virá para a cidade, que eles poderiam ter deixado para tirar foto aqui”, apontou. Para ele, a despesa com a viagem foi elevada e o retorno para a população, mĂnimo. “Talvez esse gasto poderia ter sido deixado para outro momento”, declarou.
A reportagem do JR procurou o diretor da Câmara, Reginaldo Burhoff, que esclareceu os questionamentos levantados por Fábio. Os vereadores receberam uma diária e meia, que somaram R$ 540 por vereador, já que uma diária tem valor de R$ 360, conforme informou o diretor. O meio de transporte utilizado pelos vereadores foi o veĂculo oficial, ou seja, nĂŁo houve despesa com passagens.Â
A justificativa para a viagem, segundo Reginaldo Burhoff, é que, além do evento, os vereadores trataram de outras demandas em secretarias estaduais durante a passagem pela capital paranaense. O diretor ainda assegurou que o autor do requerimento receberia sua resposta até essa sexta-feira (01), sendo informado da prestação de contas e das demais informações solicitadas.
Limites
O diretor informou que há oito anos, vigora na Câmara uma norma interna que estabelece um teto para gastos com diárias, limitando essas despesas a um valor especĂfico a cada seis meses. Portanto, para este mandato, cada vereador pode gastar atĂ© R$ 4320 por semestre, como explicou Burhoff. O valor nĂŁo Ă© cumulativo e se o saldo disponĂvel acabar antes do final do semestre, a Câmara nĂŁo subsidia a viagem do vereador. “Ele sĂł pode viajar com recurso prĂłprio”, destacou o diretor.Â