A Escola Municipal São Fernando inaugurou, na noite desta quinta (09), o Espaço Águas Vivas, um sistema de captação de água de chuva que foi montado na instituição com o objetivo de aproveitar a água para limpeza do pátio e áreas externas. Segundo Rosinei Batistela Muller, professora que aplicou o projeto com a turma do 5° ano B, o evento foi marcado pela entrega dos livros produzidos pelos alunos sobre os temas relacionados ao meio ambiente e apresentações e pelo descerramento de uma placa.
Desde março no projeto Águas Vivas, os alunos trabalharam todos os aspectos envolvendo a água, tornando o projeto interdisciplinar, passando pela geografia, língua portuguesa, matemática, cidadania e economia. Os 25 alunos de 11 e 12 anos do 5° ano B receberam das mãos de Rosinei o livro que ajudaram a escrever. “De todas essas experiências, nasceu um livro, uma coletânea onde todos os alunos fizeram seu próprio texto utilizando de sua própria criatividade para falar sobre o meio ambiente e o Lago São Fernando, local tão bonito que precisa ser preservado”, explicou Rosinei.
No final de agosto, foi feita a montagem da estrutura na escola, por meio de uma oficina ministrada por Paulo Welter, marido de Lilian Marta Schwengber Welter, coordenadora pedagógica da escola e também do projeto. Na ocasião, os pais também puderam aprender como realizar a captação e contribuíram para a implantação do sistema na escola.
A professora contou que o projeto foi valioso para a turma. “As crianças aprenderam que eles podem ser agentes de transformação e tentar melhorar a vida e o meio ambiente”, afirmou. Para ela, a questão da água foi apresentada como um problema e os estudantes trataram de buscar soluções. “Na vida, a gente tem um problema e do problema, corre-se em busca das soluções e da mesma forma aconteceu com o quinto ano”, disse Rosinei.
No evento, a aluna Eduarda Lorena ficou responsável pela leitura do texto que produziu em fevereiro para a disciplina de Ciências. De acordo com Rosinei, a produção da estudante foi o que deu a ideia inicial do projeto, já que no texto ela aborda a falta da água que Rolândia passou em janeiro do ano passado e o desaparecimento do motorista Odair José, que ainda não foi encontrado. “Desse problema, nasceu esse projeto inovador”, afirmou a professora. O aluno Édson Leonardo fez o juramento pela natureza e outra aluna fez a leitura de um texto produzido no mês de outubro, próximo da finalização do projeto.