Ao longo de 2017, um grupo rolandense tentou criar na cidade o Conselho de Promoção da Igualdade Racial. Segundo Fábio Amorim, um dos idealizadores, os nove membros ainda mantêm contato entre si, mas o conselho esbarrou na burocracia e ainda não saiu do papel. Está parado na última etapa: a Conferência. Pela lei, o Conselho já existe, mas para que ele saia do papel é preciso realizar uma Conferência com a Assembleia Geral para estabelecer o regimento interno, os parâmetros e o plano de promoção da igualdade racial para dez anos, que deve ter seu andamento avaliado periodicamente. “Se a conferência tivesse sido feita na época certa, nós teríamos como ir até a conferência estadual e depois à nacional, o que nos traria representatividade maior”, explicou.
O objetivo dos membros do Conselho é continuar lutando para que ele saia do papel, podendo assim estabelecer as metas e o diagnóstico da situação na cidade, especialmente em relação a comunidade negra. “É compreender onde está a maioria dos negros, por que eles estão lá, a porcentagem de quantos negros existem em relação aos brancos em Rolândia, baseado na autodeclaração e ver como esses negros estão inseridos dentro da sociedade e vermos quais medidas a nível municipal podemos tomar para melhorar as condições deles”, afirmou. Fábio destacou que a não-implantação do Conselho gera prejuízos sociais para Rolândia. “Nós perdemos principalmente em conscientização”, apontou.
Pela proximidade do fim do ano, os membros decidiram buscar a ativação do conselho no início de 2018, para ter mais tempo para os trâmites burocráticos. A previsão é que próximo ao dia da Abolição da Escravatura (13 de maio), o Conselho já possa estar em atividade. Além de Fábio, também estão envolvidos ativamente no Conselho: Adilson Dias, Aletheia Giordani, Marcelo Ferreira, Adonis, Maísa e Hayron Sacrario, entre outras pessoas.