O Conselho Municipal de Turismo (Comtur) e o Conselho Municipal de Cultura (CMC) querem “terminar” o Hotel Rolândia com o envolvimento da comunidade. Essa será a principal pauta da reunião mensal do Comtur na próxima terça-feira (16), a partir das 19 horas, no centro cultural Nanuk.
O arquiteto Elton Charles Pereira esteve no local com membros dos dois conselhos e verificou que a estrutura do hotel está sólida. “Mas já há tábuas não originais colocadas e a ação do tempo e do clima já trabalhou bastante em cima do que restou do hotel. Teremos dificuldades, mas a arquitetura têm bastantes conceitos hoje em dia, podemos usar parte da originalidade sem morrer o conceito do que aquilo já foi um dia”, afirmou o arquiteto. “Tem jeito”, arrematou Elton.
Um pouco antes, membros dos dois conselhos conversaram com o secretário de Cultura e Turismo, Fernando Pina, e com Bruno Lundgren, do departamento Jurídico da Prefeitura, para saber mais sobre a burocracia para se tomar tal ação. “O desafio será conciliar a ação comunitária com o sistema público, mas ficamos felizes em sentir muita boa vontade”, ressaltou Daniel Steidle, presidente do Comtur. Mais informações sobre como essa parceria poderá ser realizada devem ser dadas na reunião da terça (16). “Queremos a participação da comunidade nessas coisas públicas”, afirmou Steidle.
Hotel Rolândia
O Hotel Rolândia é considerado o Marco Zero do município e começou a ser construído em 29 de junho de 1934 pelo russo Eugênio Victor Larionoff, funcionário do escritório da Companhia de Terras, de Londrina. O empreendimento foi inaugurado oficialmente no dia 1º de outubro, mas só começou a funcionar em novembro daquele ano. Larionoff mandou hastear duas bandeiras durante o evento: a do Brasil e a bandeira tricolor do Império Russo (bandeira dos Czares).
O Hotel Rolândia é considerado o Marco Zero do município e começou a ser construído em 29 de junho de 1934 pelo russo Eugênio Victor Larionoff, funcionário do escritório da Companhia de Terras, de Londrina. O empreendimento foi inaugurado oficialmente no dia 1º de outubro, mas só começou a funcionar em novembro daquele ano. Larionoff mandou hastear duas bandeiras durante o evento: a do Brasil e a bandeira tricolor do Império Russo (bandeira dos Czares).
Os proprietários recentes do Hotel colocaram o terreno à venda e, em 2011, uma construtora comprou a data – a madeira foi vendida para um particular. Com as críticas, especialmente de Fábio Nogaroto (vereador à época) e do advogado José Carlos Farina, a prefeitura terminou por recomprar 330 m2 dessa madeira da fachada por R$ 33 mil.
Essa madeira foi retirada do local e estocada no pátio da prefeitura, mas não da maneira mais adequada, o que provocou a perda de tábuas. Servidores do Planejamento foram até o Hotel na sua demolição para registrar em fotos todo o processo e utilizar essas imagens para fazer um estudo arquitetônico, que serviria de base para a reconstrução do prédio. Sobre as condições do hotel, servidores confirmaram que nem tudo era original, havia partes em alvenaria que foram construídas posteriormente. Os profissionais do Planejamento se utilizaram também de fotos da época e de depoimentos de pessoas para o estudo arquitetônico.
Essa madeira foi retirada do local e estocada no pátio da prefeitura, mas não da maneira mais adequada, o que provocou a perda de tábuas. Servidores do Planejamento foram até o Hotel na sua demolição para registrar em fotos todo o processo e utilizar essas imagens para fazer um estudo arquitetônico, que serviria de base para a reconstrução do prédio. Sobre as condições do hotel, servidores confirmaram que nem tudo era original, havia partes em alvenaria que foram construídas posteriormente. Os profissionais do Planejamento se utilizaram também de fotos da época e de depoimentos de pessoas para o estudo arquitetônico.
No projeto de reconstrução, o Hotel ficaria com aspecto mais próximo possível do que era e ganharia, por exemplo, mais duas escadas que existiam antigamente e, que, posteriormente foram retiradas pelos donos do prédio. Uma vez terminado, o Hotel Rolândia também ficará menor do que as pessoas costumavam ver tempos atrás – na lateral, o prédio terminará em uma porta e as quatro janelas que se seguiam não serão reconstruídas.
No final de 2014, a reconstrução foi iniciada pela empresa Engenho, de Cambé, que tinha seis meses para terminar a obra. Problemas políticos e financeiros pararam por diversas vezes a obra. Em janeiro de 2016, a obra foi “abandonada” por completo devido à escassez de recursos, gerada pela calamidade pública que foi provocada pelas chuvas.
Em dezembro de 2016, o JR fez uma reportagem com membros do Conselho Municipal de Preservação Histórica de Rolândia (COMPHIR), que relatavam o descaso e a depredação do hotel. Desde então, as madeiras – originais ou não – vêm sendo furtadas e o local serve de abrigo para as pessoas sem teto e também para usuários de drogas.