Depois da polêmica do corte da seringueira da Praça da Igreja Matriz, a secretaria de Meio Ambiente de Rolândia solicitou que o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) emitisse um parecer acerca da situação da seringueira localizada na Praça Castelo Branco. O parecer, que foi entregue ao secretário da pasta na reunião do conselho na quarta (21), apontou que ambas as seringueiras foram condenadas pela poda radical.

O parecer produzido pelo Comdema afirma que eles esperam que esse episódio de “morte” da seringueira sensibilize o Poder Público quanto ao manejo adequado da arborização urbana e sugere que naquele local seja plantada outra árvore frondosa com a orientação de órgãos competentes. O parecer explicou que a poda radical expõe o cerne da árvore, parte mais antiga, que é uma área de madeira morta que é atacada e comida por fungos, causando a queda de galhos grossos, velhos e pesados. Como isso leva anos, não se culpa a poda incorreta e sim a idade da árvore.

O documento aponta que o enxofre pode ajudar no combate aos fungos se for reaplicado constantemente e compara o corte a uma ferida, que precisa ser tratada pelo poder público para cicatrizar. Mesmo assim, isso não resolveria totalmente o problema e a solução, na opinião dos membros, é não praticar a poda radical. Os galhos devem ser podados de forma a conduzir o crescimento da árvore para não causar interferências, como acontecem nas linhas de transmissão de energia, forçando esse tipo de prática. Outra sugestão é que sejam escolhidas árvores que toleram melhor a poda, quando for necessária e para as que já existem, a poda deve ser muito criteriosa. “As seringueiras em questão respondem como podemos observar: morte”, finaliza o parecer.