Sem lugar para atender

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As fonoaudiólogas Angela Maria Ferrari Francisco, Pricilla Montroni Scheller e Daniele Maranhão atendiam, até dezembro do ano passado, cerca de 75 alunos e alunas da rede municipal de ensino de Rolândia. Em 2018, não puderam dar continuidade a esses atendimentos e a mais nenhum outro desses pacientes, apesar da lista de espera ser formada por mais de 200 nomes.

“Esses atendimentos deveriam ter retornado em fevereiro, mas estamos sem atender porque fomos transferidas de secretaria – da Educação para a Saúde – e, quando chegamos na Saúde, fomos comunicadas que ainda não estávamos na Saúde e que deveríamos retornar para a Educação”, explica Angela Maria.

Como não podem atender clinicamente pela Educação, segundo orientação do Crefono (Conselho Regional de Fonoaudiologia), essas 75 crianças estão temporariamente sem o atendimento. Os responsáveis pelas crianças têm procurados as profissionais para saber. “A gente responde a verdade”, afirmou Priscilla.

“O que nós queremos é trabalhar”, resumiu Daniele Maranhão. As profissionais reivindicam o espaço e lugar adequados (de acordo com as normas do Conselho) para continuar a trabalhar com os alunos. “Esses alunos e alunas perdem o que já foi trabalhado e regride. O tratamento terá que ser reiniciado, além de prejudicar no seu rendimento escolar, pois o tratamento fonoaudiólogo ajuda na aprendizagem”, ressaltou Daniele.

Como não foram recebidas, ainda, pela Saúde, e voltaram para a Educação, as profissionais vão de manhã para a secretaria, ficam sem exercer as suas devidas funções, aguardando os trâmites legais para serem transferidos para a Saúde. “Para continuarmos o atendimento dos estudantes”, enfatizou Angela Maria. “Estamos nos sentindo abandonadas. Humilhadas e nos sentindo inúteis. Temos uma profissão, estamos sendo pagas para isso e não estamos exercendo nosso trabalho”, afirmaram as três profissionais. As fonoaudiólogas também são alvos de olhares acusadores e censores. “Não são de todos, ainda bem. Tem bastante gente solidária e tão pasma quanto a gente com a situação”, concluíram.

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