Fim de projeto gera reclamações

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O JR foi procurado por algumas mães insatisfeitas com o fim do CRIAR, espaço que atendia crianças rolandenses no período de contraturno. Desde setembro de 2017, o local em que funcionava o CRIAR, no Jardim Nobre, foi substituído pelo CRAS Luiz Picinin e as 90 crianças atendidas foram remanejadas para os CRAS da Vila Oliveira e São Fernando. A reclamação é que as crianças deixaram de ser atendidas por quatro horas e participam de oficinas em dias alternados. “Eles vão durante um tempo de 50 minutos, uma hora, fazem uma oficina e vão embora para casa, sem refeição, sem transporte”, afirmou a mãe.  

De acordo com a secretaria de Assistência Social, Sandra Martins Teixeira, o projeto do CRIAR passou por uma reformulação para atender as diretrizes nacionais do Sistema Único de Assistência Social. O contraturno escolar, neste caso, seria responsabilidade da Educação. “Como o CRIAR estava no modelo antigo, nós não tínhamos financiamento federal”, explicou. Com isso, o espaço foi transformado em CRAS e agora recebe recursos do Governo Federal, para atender as crianças e toda população. Com o desmembramento, as equipes dos CRAS visitaram as crianças e algumas não quiseram continuar nas oficinas.

A diferença é que as novas crianças estão sendo incluídas no projeto novo e encaminhadas para o CRAS mais próximo de sua residência, também de acordo com recomendação nacional. Sandra garantiu que as crianças que eram atendidas pelo projeto antigo continuarão com o suporte completo de contraturno no CRAS do Nobre até completarem 14 anos. Sandra explicou que não há um projeto específico para a faixa etária dos 14 aos 16 anos, que deixou de ser atendida pelo projeto. A secretária também explicou que o transporte foi suprimido devido à proximidade dos CRAS das crianças e somente foi mantido para a região dos três conjuntos, mas eles ainda continuam fornecendo lanches.

A secretária adiantou que nos próximos dois meses em todos os CRAS começarão duas novas oficinas que estão em licitação, de circo e música, além do futebol e basquete ofertados em parceria com a secretaria de Esportes – as inscrições já estão abertas nos CRAS. O objetivo é oferecer o maior número de oficinas adequadas para a idade de forma que a criança passe o máximo de tempo possível no local.

Sandra lamentou que a secretaria não consiga atender 100% da demanda devido a problemas estruturais que vem desde o nível federal e destacou que a família também deve se programar em relação aos filhos. “Oferecemos dias alternados para eles terem atividades, mas fora isso, a responsabilidade é da família”, apontou. A secretária recomendou projetos do FMC, Esportes e outras instituições para também ocuparem o tempo das crianças. As mães insatisfeitas afirmaram que procurarão o Ministério Público. “O CRIAR tinha que ser ampliado e não diminuído”, opinou uma das mães.

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