Escolher uma profissão aos 13 anos de idade não é algo muito comum entre os jovens. O rolandense Matheus Picoto (13), estudante do Kennedy, é uma das exceções e está subindo o primeiro degrau na carreira dos seus sonhos: ser árbitro de futebol. No último domingo (15), ele foi apadrinhado pelo árbitro Rogério Menon e presenteado com um curso de arbitragem em Londrina.
O jovem conheceu o árbitro no estádio Erich Georg, onde jogaram REC e Cascavel. “Eu fui depois do jogo para conversar com ele no vestiário, tirei fotos”, revelou. Logo Menon questionou se Matheus já tinha um ‘padrinho’ na arbitragem. Como a resposta do jovem foi negativa, veio o convite. “Ele me disse: ‘o que você acha de eu ser seu padrinho?’ Eu aceitei”, disse o estudante. O primeiro presente do padrinho foi um par de cartões autografados e o curso de arbitragem.
Matheus deverá iniciar o curso, que tem duração de dois meses, em junho e sua única despesa será o transporte para Londrina. Depois de passar por esse curso, ele estará apto a apitar em competições infanto-juvenil e juvenil (sub-9, sub-11, sub-13). Ele pretende fazer o curso da Federação Paranaense de Arbitragem, quando completar 16 anos, capacitando-se para a carreira de árbitro profissional, que só pode ser exercida a partir dos 18 anos. A partir de então, poderá fazer o curso pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ser árbitro a nível nacional. O grande sonho é chegar na arbitragem da FIFA.
A descoberta da vocação para a arbitragem aconteceu por acaso, há cerca de dois anos. “Eu jogava no gol representando Colégio Kennedy e um dia machuquei minha mão. Peguei o apito da professora e comecei a brincar e ela me falou para apitar o jogo. Apitei e me apaixonei”, contou Matheus. O estudante já se arrisca na arbitragem de forma informal, nos jogos de colegas, já pautado na ética e no respeito às regras, mesmo que os atletas brinquem de comprá-lo para serem beneficiados. “Tem que ser imparcial no resultado, não pode interferir em nada”, destacou.