Chá beneficente, e solidário, para menina de Londrina

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    Um grupo de rolandenses está dando um exemplo de solidariedade ao promover um chá beneficente para Maria Rita Tadioto, uma menina londrinense de apenas oito anos, que ficou tetraplégica e sofreu graves sequelas por complicações do vírus H1N1. O evento será no próximo dia 20 de maio, às 15h no Buffet Pippo’s (Avenida Itamaraty, 1580 no Parque Industrial).

    Flaviane Marcela Lopes, a rolandense que está à frente da organização, conheceu Maria Rita há cerca de três meses, através de um encontro da Igreja Católica em Rolândia. Comovida com a difícil situação de Maria Rita, a rolandense teve a ideia de realizar o evento e contou com o apoio de um grupo de 15 amigos na cidade. Todos que vão preparar o chá são voluntários e o dinheiro arrecadado com o chá beneficente será totalmente revertido para os cuidados com Maria Rita. “Graças a Deus ganhamos tudo para o chá, não tivemos que comprar nada”, agradeceu Flaviane. O Chá Beneficente servirá bolos, tortas, refrigerantes, suco e café, além um show de prêmios durante o evento. O convite custa 25 reais e pode ser adquirido na Loja Espaço Mulher, na Deslumbre Modas e na Loja Dama’s (Vila Oliveira).

    A mãe de Maria Rita, Rosane Tadioto, mostrou muita gratidão pela iniciativa dos rolandenses, apesar de viver em Londrina, cidade muito maior. “Foi em um lugar menor que o pessoal mais se mobilizou, sou muito grata e falo para a Flaviane, que se eu pudesse, iria abraçar cada um”, declarou. “Isso tudo que aconteceu com a Maria Rita foi uma forma de nos ensinar a chegar mais perto de Deus, eu nunca imaginei na minha vida que existissem tantas pessoas com o coração bom”, afirmou a mãe.

    A história de Maria Rita
    Rosane contou que a filha, até então saudável, foi infectada pelo vírus H1N1 quando tinha seis anos. Em 30 de abril de 2016, ela foi internada no Hospital Universitário de Londrina (HU). “Foram 63 dias de internamento, dos quais 23 foram na UTI, ela ficou em isolamento e tomava injeção do Tamiflu duas vezes ao dia, de tão forte que foi”, relembrou a mãe. O vírus atacou seu pulmão e somado a pneumonia e infecções hospitalares, acabou paralisando o direito e necrosando a parte inferior do lado esquerdo.

    Maria Rita foi submetida a uma cirurgia e os problemas aumentaram. Ela teve uma parada cardiorespiratória de 20 minutos e todos os órgãos pararam. Parecia que não havia mais esperança para a menina, que acabou surpreendendo a mãe e os médicos. “Foi aí que começou o milagre da Maria Rita: 48 horas após a cirurgia, o médico foi entrar na UTI para atestar a morte cerebral dela e ela piscou”, recordou a mãe. Apesar de ter voltado milagrosamente, a filha sofreu muitas sequelas. “Hoje ela é tetraplégica, ela não consegue segurar o pescoço, os movimentos que ela tem são somente espasmos involuntários, ela depende de cadeira de rodas, ela perdeu a visão, a fala, ela só ouve, 75% do cérebro dela foi afetado”, relatou Rosane.

    A mãe teve que abandonar o trabalho e a faculdade que fazia para se dedicar integralmente a filha. As duas moram com os pais de Rosane, que já tem idade avançada. Rosane é divorciada e tem mais um filho adotado de 15 anos. O pai de Maria Rita a abandonou. Atualmente, a menina usa fraldas, faz fonoaudioloigia, fisioterapia quatro vezes na semana e se alimenta por sonda. A mãe faz sopas e trata dela com um leite especial. “A sonda gástrica dela precisa ser trocada, mas é muito caro e o HU não tem”, afirmou.

    As principais necessidades de Maria Rita são fraldas, remédios e o leite especial Nutren Junior, que ela consome cerca de duas latas por semana. “O que a gente mais está precisando agora é refazer os exames dela”, relatou. “Mas tudo o que vier para a gente é benção”, completou. O fone para contato é 99821-2274.

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